
Nelson Treglia
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O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil foi lembrado no dia 18 de maio. Em alusão a essa data, a Polícia Civil realizou uma operação contra a exploração sexual de crianças e adolescentes em 14 cidades gaúchas. Santa Cruz do Sul foi um dos municípios envolvidos na Operação Cinderela, realizada entre a tarde de quinta e a madrugada desta sexta-feira.
Segundo a responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Lisandra de Castro de Carvalho, no município foram abordadas 30 pessoas em seis casas de prostituição. Além da delegada, oito agentes participaram da operação, mas nenhum caso de prostituição infantil ou de adolescentes foi constatado em Santa Cruz do Sul.
A delegada Lisandra ressalta que a operação realizada se trata de um trabalho preventivo. Ela lembra que, em 2015, três inquéritos policiais foram encaminhados pela DPCA à Justiça. Dois deles relativos a Santa Cruz, em que duas adolescentes trabalhavam em casas de prostituição. O terceiro caso aconteceu na cidade de Arroio do Meio. Inclusive, a jovem estava desaparecida.
Lisandra de Castro de Carvalho destaca que, na última quarta-feira, a Justiça condenou Deivid Stein de Oliveira a 30 anos de prisão por homicídio qualificado, estupro e furto no caso Ana Paula Sulzbacher. O júri durou 11 horas e foi presidido pela juíza da 1ª Vara Criminal, Márcia Inês Doebber Wrasse, e aconteceu no Fórum de Santa Cruz do Sul. O Conselho de Sentença foi composto por quatro homens e três mulheres. Ana Paula, 15 anos, foi arremessada ainda com vida do Morro da Cruz em dezembro de 2012.
A delegada ainda frisa que o julgamento aconteceu no dia 18 de maio, justamente o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil. “Fizemos justiça em um caso concreto”, afirma Lisandra.
NO ESTADO
No Rio Grande do Sul, a Operação Cinderela envolveu 14 cidades gaúchas. Foram vistoriados 130 estabelecimentos comerciais. A Polícia localizou sete adolescentes em situação de vulnerabilidade. Sete pessoas foram presas por estupro, exploração sexual e porte ilegal de arma de fogo. Em nível estadual, a operação foi realizada pelo Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) com apoio do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e Departamento de Polícia do Interior (DPI).
A diretora do Deca, delegada Adriana da Costa, informa que foram colocados cartazes em todos os 130 locais vistoriados para alertar sobre o crime de exploração sexual de crianças e adolescentes. A Operação Cinderela envolveu as seguintes cidades: Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Santa Maria, São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo, Vacaria, Santa Cruz do Sul, Rio Grande, Passo Fundo, Pelotas, Uruguaiana, Cachoeira do Sul e Carazinho.














