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Carta ao (à) leitor (a)

Sábado, 24 de julho de 2021.

Querido (a) leitor (a)

Espero que ao receberes esta, estejas preparado para enfrentar os acontecimentos que teremos pela frente. Serão tempos de muita luta. Aqui, hoje iremos para as ruas em mais um grito contra o governo Bolsonaro. Por falar nele, viste que o presidente entregou as fichas e escancarou as portas do governo?

Pois é. Dizem as línguas soltas por aí, que o pacto com Ciro Nogueira é a via (que não é a terceira) para que o presidente fuja da forca. O negócio deve ser parecido com o das vacinas negociadas com picaretas de gravatas e, não fosse o irmão do Luiz Eduardo, funcionário público na saúde (ministério) um grupo estaria com 1 dólar de cada vacina vendida pelos atravessadores no bolso.

De outra parte, lembras do Pazuello aquele que disse “é simples assim: um manda e o outro obedece”? Pois então, parece que mentiu na CPI (ai que saudades das tardes com sessões no Senado) e tentou fazer negócios com outros atravessadores só que desta vez a marca é Coronavac com um sobre preço quase três vezes maior – de 10 dólares a dose para 28 dólares. Um negócio que nem na China seria feito.
Achas que terminei? “Nananinanão”. Agora, o assunto é o fundo partidário que beirou mais de R$ 2 bi em 2020 e agora passa dos R$ 5 bi caso o presidente não vete. Nesse caso, as casas de apostas estão abarrotadas de palpites. Quem votou a favor do aumento na calada da noite e em volta de muitas outras análises da LDO, foi a tropa de apoio no Congresso, inclusive com o amém dos filhos de Jair. Nas redes sociais e em alguns programas de debates, a pule é que ele vai vetar. Tenho dúvidas. E tu, que achas disso?

As minhas fontes são ótimas, acredite. Tem mais uma fofoca no céu do Planalto, além dos aviões da FAB. Uma cigana leu a mão de alguém e viu, como se estivesse frente a uma 4k de 100 polegadas, que o presidente e a primeira dama estão se divorciando. Segundo ela (a cigana) Michelle não se dá com o caçula do presidente e mais recentemente fechou a cara para o Carluxo. Vai ser um escândalo. Como pode ela impichar o homem antes do Lira que já engavetou mais de 100 pedidos de impeachment?

Chega de fofocas. Vamos falar sério. Certamente o WhatsApp te mostrou as imagens do Jair no Hospital em São Paulo onde foi se tratar de soluços. Pois deu tudo certo. Ele já está de volta ao cercadinho conversando com a claque. Quando pode, ele xinga o Omar Aziz, o Lula, o Randolfe. Não tem poupado quase ninguém.

Junto com tudo isso surge no horizonte candango o nome de Sérgio Moro como candidato para derrubar Jair. Ex-juiz, ex-ministro e ex-empresário, volta dos EUA para preparar sua presença no pleito de 2022. Alia-se a outros que estiveram com o presidente em 2018 como João Dória, Mandetta, Amoedo, Leite, além de Ciro Gomes que foi para Paris na hora decisiva. Se não amarelar, Bolsonaro vai se ver estreito em um debate na tv.

Para encerrar essas mal traçadas linhas, mais uma informação destas que nos deixam com a cara no chão. Não é que a Capitã Cloroquina, a doutora Mayra Pinheiro, disse nesta semana que quando foi inquirida pela Comissão Parlamentar de Inquérito, enviou aos senadores amigos as perguntas que gostaria de responder? Isso só comprova que essa gente é adepta das coisas fakes e mal nutridas (não no sentido alimentar) para se dar bem.

Bom, meu querido e minha querida, espero que minhas lembranças sirvam para mostrar que o sol não nasce para todos. Ou se nasce, tem aqueles que o escurecem.

Com mais, mas sem espaço, despeço-me desejando que o sol volte a brilhar em 2022.

Aguardo resposta.