Início Colunas Sociais Deu o que falar na Câmara

Deu o que falar na Câmara

O governo municipal recuou no projeto que restringia vales para os funcionários municipais. Tudo porque a matéria rendeu polêmica e levou uma boa parte de funcionários ao plenário da casa. Edmar Hermany, PP, líder de governo, teve dificuldades para defender o projeto. Chegou a ser vaiado durante um bom tempo: “No berro, ninguém vai levar nada, e vamos formar uma comissão de vereadores para debater este assunto. Não podemos ter 1.860 horas de atestado em um mês”. Hermany chegou a falar em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

 

Saúde não se faz por decreto

 

O petista Wilson Rabuske subiu à tribuna para dizer que o governo municipal não pode administrar por decreto: “A Saúde de Santa Cruz não pode ser feita por decreto. Não se pode tirar direitos já conquistados pela classe”. O vereador falou da sua saúde e fez uma comparação com o que está acontecendo na cidade. E por incrível que pareça, o vereador foi aplaudido ao final da sua fala, o que não tinha acontecido no ano passado. Muito pelo contrário.

 

Keller: “Não se pode julgar ninguém”

 

Ilário Keller, SD

 

O vereador Ilário Keller, SD, falou em valorizar o bom funcionário: “A nossa visão é de que a gente não pode prejudicar os que trabalham de forma séria e honesta. Vamos criar as comissões e buscar um entendimento”. Keller falou em até mesmo chamar o Ministério Público.

 

Vereadora do PT não vai participar

 

Rejane Henn, PT

 

Nem todos concordam com a criação de comissão para discutir a pauta do corte de vales para alguns funcionários da Prefeitura. Sem dúvida que a matéria é de forte discussão e merece uma atenção além do normal. É justamente o que aconteceu no plenário. Discussões até certo ponto ríspidas, mas cada um defendendo o seu ponto de vista. Segundo a vereadora Rejane Henn, PT, os governos devem fazer a sua parte, ou seja, governar: “Este projeto só está saindo de pauta porque tem pressão popular e alguns governistas não estão concordando com este projeto. E eu não farei parte desta comissão”. Segundo ela, a responsabilidade é dos gestores e não dos vereadores.

 

 

No apagar das luzes?

 

De autoria do vereador Alberto João Heck, PT, ingressou na pauta com urgência, com a assinatura de todos os líderes de partido, e foi aprovada a concessão do título de cidadão santa-cruzense ao bispo Dom Canísio Claus, que está partindo para outra comunidade. Cabe uma pergunta neste interim. Por que o bispo está indo embora tão rápido? O que estaria acontecendo dentro da nossa Diocese? Outra pergunta: por que Dom Gílio teve que ir embora de Santa Cruz?

 

O cadeado custou uma eleição

 

O vereador Elstor Desbessel, PTB, atacou o vereador Hildo Ney Caspary, PP, dizendo que este deveria sair do ar condicionado e ir para a rua. A sua fala foi com relação ao projeto do governo que pretendia retirar direitos dos funcionários municipais. Esta afirmação foi uma resposta ao pepista, que em sua fala começou dizendo que o governo Kelly, trancava os portões com cadeado para não ouvir os funcionários. Desbessel falou despojadamente sobre o assunto.

 

Povo unido move montanhas

 

Presenças dos funcionários municipais foram de grande valia

 

Na visão deste colunista, os funcionários municipais tiveram uma grande vitória na última segunda-feira. As suas presenças foram de grande valia principalmente no que diz respeito à pressão popular. Não tenho dúvidas de que o projeto iria caminhar de forma tranquila caso não tivesse a presença do funcionalismo. Portanto, a força do povo continua sendo o melhor caminho.

 

Começou a campanha eleitoral

 

Depois dos acontecimentos da última segunda-feira, tenho a plena certeza de que a campanha política já começou. Os ataques de situação e oposição dos vereadores eram de quem realmente estavam num palanque. Tanto situação quanto oposição atiraram pedras na vidraça alheia, sempre com a clara intenção de quebrá-la. Sei que ainda falta muito tempo para o início da campanha política, mas entendo que os ânimos já estão à flor da pele. Os discursos de Hildo Ney Caspary, PP, Rejane Henn, PT, Edmar Hermany, PP e Elstor Desbessel, PTB, evidenciaram esta questão.