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Inclusão é o caminho para humanização

Empresa localizada em Santa Cruz do Sul adotou práticas de equidade entre seus colaboradores

Dia Nacional do Orgulho Gay foi celebrado ontem. -Foto: Pixabay

Celebrado ontem, 25, no Brasil, o Dia Nacional do Orgulho Gay mobiliza milhares de pessoas no País em prol da luta contra homofobia. No entanto, ainda há desafios para os gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, e principalmente, o preconceito enfrentado pelo público LGBTQ+. Um desses desafios é entrar para o mercado de trabalho, o qual, em sua maioria, não prática a inclusão, sendo que a negação por parte de algumas empresas é frequente.

Bons exemplos de inclusão e humanização podem ser encontrados na empresa Japan Tobacco International (JTI), que desde 2014 possui o Comitê de Diversidade & Inclusão, que inicialmente foi criado para promover a inclusão das pessoas com deficiência na empresa. Porém, em 2018, a JTI entendeu que precisava aumentar sua atenção para este tema, acompanhando uma tendência social no Brasil e no mundo. Conforme o diretor de Pessoas e Cultura da JTI Brasil, Thiago Dotto, a JTI Global tem na diversidade e inclusão uma grande aposta para o sucesso da empresa no futuro, tendo inclusive uma diretoria destinada ao tema. “Assim, a JTI passou a incluir as variadas temáticas da diversidade e inclusão no seu cotidiano: gênero, LGBTQ+, etnia, diversidade de pensamento, gerações e pessoas com deficiência”, explica.

A JTI é formada por 44 mil pessoas de mais de 110 nacionalidades diferentes, e oportuniza elas, não importa o gênero, o trabalho na empresa. “A JTI quer ser uma organização na qual seus colaboradores possam ser eles mesmos, todos os dias”, disse Dotto que complementa. “Na empresa, a política de diversidade é ampla e tem como pano de fundo a equidade nas relações e nos seus espaços”.

O trabalho desenvolvido dentro da empresa frente à diversidade de gênero se dá através do fomento de práticas de responsabilidade social e o senso de pertencimento, respeitando a todos. “Em um ambiente favorável à diversidade, os colaboradores se sentem mais seguros para serem criativos e para colocarem seus potenciais em prática, contribuindo para a inovação e geração de resultados”, destaca o diretor.

A funcionária Aline Souza Freitas, que é assistente de Contabilidade na JTI, salienta que uma empresa criar políticas de diversidade é garantir que todos os colaboradores terão direitos iguais dentro do ambiente de trabalho. “Precisamos entender que nenhum representante da sigla LGBTQIAP+ sai do mesmo ponto de partida que um homem/mulher, cis, hétero, e nas empresas é importante o compromisso de criar políticas para promover a igualdade entre as pessoas”, enfatiza.

Aline: “Quando você tem liberdade de poder ser quem você é, você pode ser uma pessoa melhor e um profissional melhor”. – Foto: Divulgação/JTI


Direitos garantidos

Aline conta que trabalhar na JTI é garantir que sua família terá todos os direitos garantidos e respeito merecido. “Quando você tem liberdade de poder ser quem você é, você pode ser uma pessoa melhor e um profissional melhor. Eu tenho liberdade de ser feliz sendo quem eu sou. Eu não preciso me esconder e nem mentir. Cada vez que eu atravesso os portões da JTI me dá uma sensação de liberdade e alegria, pois eu sei que serei ouvida e respeitada pela profissional que me tornei. Eu faço parte dos 39% de profissionais LGBTQIAP+ no Brasil que não precisam mentir sobre sua orientação sexual para garantir o seu trabalho e isso é libertador”, finaliza.

A JTI também é destaque na edição do Top Employer na área de diversidade, e a empresa credita isso as diversas atividades desenvolvidas ao longo do ano a partir de reflexões que partem do comitê interno. “Destacamos os workshops, palestras e webinars para todos os colaboradores sobre os diversos aspectos da diversidade e inclusão. Além disso, são organizadas rodas de conversa que abordam temas como: mulher no ambiente de trabalho, diversidade de pensamento, pessoas com deficiência, novas formas de trabalho e diversidade religiosa. Campanhas em datas emblemáticas como Pride e Consciência Negra também integram o calendário corporativo”, explica Dotto.

O diretor comenta que um marco da empresa é a licença-família, lançada pela JTI no ano passado, no qual são 20 semanas de licença remunerada – independentemente de gênero, orientação sexual ou forma como os colaboradores se tornaram pais (gravidez, adoção ou barriga solidária). “O benefício está sendo implementado em etapas. No Brasil, desde janeiro de 2021, foi implementado a licença-paternidade de quatro semanas e a licença-maternidade de 20 semanas. Nos casos de casais LGBTs, é definido o cuidador primário, que tem licença de 20 semanas, e o cuidador secundário, que tem, inicialmente, a licença de quatro semanas. A efetivação total da nova política no País se dará em janeiro de 2023, quando a licença de 140 dias passa a valer para todos”, enfatiza.