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Informativo da semana

CATEQUESE EM TEMPOS DE PANDEMIA

Estimados diocesanos. Hoje saudamos especialmente as/os catequistas de nossa diocese, sempre tão perseverantes em sua sublime missão. No tempo de pandemia, inevitavelmente, também surge a pergunta sobre a continuidade do processo catequético em nossas comunidades. Em primeiro lugar, devemos considerar que estamos numa época de exceção, em que precisamos adaptar-nos à realidade que, no momento, é de isolamento social, ou seja, devemos evitar maiores concentrações ou reuniões de grupos. Assim sendo, a catequese não tem sequência normal. Há, portanto, um intervalo dos encontros. É elogiável que catequistas mantenham outras formas criativas de contato, sobretudo pelas redes sociais. No entanto, esta realidade causada pelo coronavírus – Covid-19 não nos autoriza a fazer adaptações simplórias com o objetivo de “legalizar” a preparação aos sacramentos na comunidade. Dessa forma estaríamos contradizendo os princípios fundamentais de todo processo de Iniciação à Vida Cristã, os quais a Igreja propõe e nós estamos realizando na diocese. Deve ficar bem claro, sobretudo em tempos de pandemia, que a catequese não pode ser apenas memorização de conteúdo, combinação de tarefas cumpridas em casa ou mesmo com simples acompanhamento de vídeos, com caráter de metodologia escolar.

O processo de des-escolarização da catequese deve ser acompanhado pela recuperação do caráter litúrgico, orante e mistagógico. Uma verdadeira catequese tem que proporcionar uma experiência de Deus na vida cristã, em comunidade. Celebrar torna-se essencial na fé cristã, como acontecia desde os primórdios do cristianismo, quando o itinerário do catecumenato era acompanhado pela comunidade eclesial com orações, ritos e símbolos. Isso não significa que havia descuido com o conhecimento intelectual, mas a fé cristã era considerada como adesão a uma Pessoa e não a uma doutrina. Portanto, a preocupação maior era dar a conhecer essa Pessoa a quem a vida do catequizando estava sendo ligada. Vemos que a liturgia e a catequese são como duas irmãs gêmeas que andam juntas, pois são inseparáveis. Portanto, não basta a formação doutrinal ou individual, mesmo em tempo extraordinário de pandemia.

Bastaria, então, encher a catequese de diferentes ritos, sinais e símbolos para recuperar esse vínculo catequético-litúrgico? Ou ainda obrigar a participação nas missas ou celebrações da paróquia para tornar a catequese mais litúrgica? Certamente, a solução não se encontraria por esse caminho. A liturgia não é um simples anexo da catequese, mas é uma característica do ato catequético. Todo encontro catequético deveria ser litúrgico, pois a catequese celebra e comunica a presença do Deus vivo, possibilitando o encontro com o Ressuscitado. Portanto, uma catequese pode ser dita celebrativa, não tanto pelos rituais que ela prescreve, mas pelo modo como se desenvolve, pelo seu caráter orante e mistagógico.

Caros catequistas, diante dos desafios normais de uma catequese qualificada, como acenamos acima, vivemos um tempo de pandemia que força interrupções no processo normal. Neste contexto, sentimos a responsabilidade de sermos cristãos criativos em nossas paróquias e comunidades. Com paciência, bom senso e com muita fé haveremos de encontrar o melhor caminho para os catequizandos que o Senhor e a comunidade nos confiam. Passado o tempo da pandemia, retornemos com nova motivação ao processo catequético normal, recuperando o que não foi possível realizar durante o intervalo forçado pelo coronavírus, mesmo que algumas datas tenham que ser reajustadas. O mais importante é a devida preparação dos catequizandos. Eles merecem o melhor!

Dom Aloísio A. Dilli – Bispo de Santa Cruz do Sul

Informativo

Celebrações públicas: Aos poucos os municípios estão abrindo a possibilidade de ampliar as celebrações com a presença de público. Para que a Igreja não incorra em erro e ajude a disseminar o vírus da Covid-19, a CNBB orienta para a adoção de prudência, seguindo as orientações dos profissionais da saúde. Na Diocese de Santa Cruz do Sul, Dom Aloísio Dilli encaminhou uma Nota às paróquias e à imprensa orientando que se siga as orientações da saúde de cada município. “Continue-se a cuidar da vida, como dom e compromisso, evitando de toda forma que nossos templos se tornem lugares de proliferação do coronavírus – Covid-19, sempre respeitando as orientações locais”.

Celebrações na cidade de Santa Cruz do Sul: Em respeito ao Decreto do Prefeito Municipal de Santa Cruz do Sul, as celebrações públicas, limitadas ao máximo de 30 pessoas, estão sendo retomadas na cidade de Santa Cruz do Sul. Na catedral haverá missa no sábado, às 17 horas, no domingo, às 9 horas, e nos demais dias, às 18h15. Para terem acesso às celebrações, as pessoas deverão se inscrever, previamente, nas secretarias das paróquias. As portas das igrejas serão abertas 15 minutos antes do início das celebrações. Durante o dia, elas permanecerão fechadas. Pede-se que as pessoas dos grupos de risco (maiores de 60 anos e outras inseridas nestes grupos) se abstenham em participar. Para estas e outras pessoas que não puderem participar da missa na igreja, serão feitas transmissões pelas redes sociais.

Unidade dos Cristãos: Na semana que antecede a solenidade de Pentecostes, os cristãos das diversas igrejas são convidados a se unirem em oração. O tema proposto para esta semana está inspirado no Livro dos Atos dos Apóstolos (27,18-28,10), destacando a calorosa acolhida que os náufragos tiveram na ilha de Malta, donde a afirmação: “gentileza gera gentileza”. Por coincidência, no dia 25 de maio, lembramos os 25 anos de publicação da Encíclica “Ut unum sint”, do Papa João Paulo II. Na encíclica, o Papa afirma que “a unidade dos cristãos é uma meta que foi querida pelo próprio Jesus que, antes de enfrentar a Paixão, orou ao Pai para que seus seguidores permanecessem unidos”. Já que eles se dividiram “torna-se agora necessário o amoroso diálogo ecumênico para descobrir a riqueza dos outros”. E, junto ao diálogo, deve vir a oração: “Orando juntos, descobrimos que o que nos une é muito mais forte do que o que nos divide”. Além disso, faz-se necessária a “colaboração dos cristãos pertencentes a várias confissões para fazer triunfar o respeito aos direitos e necessidades de todos, especialmente dos pobres, dos humilhados e dos indefesos”. Na conclusão, João Paulo II afirma que “o maior sacrifício a oferecer a Deus é a nossa paz e harmonia fraterna, é o povo reunindo na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Celebrações ecumênicas: Normalmente, durante a Semana de oração pela Unidade dos Cristãos, acontecem várias celebrações ecumênicas no território da Diocese. Por causa do isolamento a que ficamos sujeitos com a pandemia do coronavírus, estas celebrações ficaram bem mais restritas. Destacamos algumas iniciativas: Em Candelária, no dia 24 de maio, as igrejas Católica e Evangélica Luterana Sinodal uniram os programas de rádio em um só programa de 45, transmitido pela Rádio Sorriso de Candelária. Para o dia 27, programaram um culto ecumênico, transmitido pelo Facebook das duas igrejas. Em Santa Cruz do Sul, as igrejas: Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Evangélica Luterana do Brasil, organizaram uma oração ecumênica que foi transmitida pelo Facebook das diferentes igrejas. Somos cristãos e, como tal, devemos incentivar a união das nossas igrejas: “Gentileza gera gentileza”.

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – A Escolha é sua

Caim e Abel, ambos filhos de Adão. Abel escolhe Deus, Caim escolhe o crime. E Deus permite que isso aconteça. Abraão e Ló, ambos peregrinos de Canaã. Abraão escolhe Deus, Ló escolhe Sodoma. E Deus permite que isso aconteça. Davi e Saul, ambos reis de Israel. Davi escolhe Deus, Saul escolhe o poder. E Deus permite que isto aconteça. Pedro e Judas, ambos negaram ao Senhor. Pedro busca misericórdia, Judas busca a morte. E Deus permite que isto aconteça. A cada estágio da história, em cada página da Escritura, a verdade é revelada: Deus permite que façamos nossas próprias escolhas. E ninguém delineia isto mais claro do que Jesus. De acordo com Ele, podemos escolher entre: a porta larga ou estreita (MT. 7.13-14); construir sobre a rocha ou a areia (Mt. 7.24-27); servir a Deus ou às riquezas (Mt. 6.24) e, somar com os bodes ou com as ovelhas na eternidade (Mt. 25.32-33). “e todas as nações serão reunidas diante dEle, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda” (Mt. 25.46). Deus oferece opções eternas, com consequências eternas. Isto não faz lembrar do trio do Calvário? Você já pensou porque havia duas cruzes próximas a Jesus e não seis ou dez? Já pensou porque Jesus estava no centro e não à direita ou à esquerda? As duas cruzes no monte simbolizam um dos maiores presentes de Deus: o presente da escolha. Ambos ladrões sentenciados à mesma morte. A mesma cruz. Igualmente próximos a Jesus. Um o aceita. O outro caçoa. Há momentos em que Deus envia trovões para nos sacudir. Há momentos em que Deus manda bênçãos para nos alegrar. Então, há momentos quando Deus nada manda além de silêncio, enquanto nos honra com a liberdade de escolha sobre o local onde passaremos a eternidade. Deus poderia permitir que escolhêssemos nossa cor, nosso DNA ou nosso QI e ele decidisse nosso destino eterno. Mas não, ele faz escolhas triviais e deixa que escolhamos a principal. Será que recebemos algum privilégio maior do que o da escolha? Embora pouco saibamos sobre o ladrão que se arrependeu, temos uma certeza: sua vida não foi desperdiçada. Ele pode ter escolhidos os amigos errados, o comportamento errado, o caminho do mal. Mas a sua escolha eterna, redimiu e justificou todas as escolhas anteriores, erradas. Você tem feito escolhas erradas na vida? Você olha para atrás e pensa: “se ao menos eu pudesse corrigir, apagar ou justificar estas escolhas…”. E eu lhe digo: VOCÊ PODE! Uma boa escolha para a eternidade compensará milhares de escolhas erradas nesta vida. Quando um ladrão orou, Jesus o amou de tal maneira que o salvou. Quando o outro caçoou, Jesus o amou o suficiente para respeitar sua escolha. E o mesmo Ele faz por você hoje. Aproveite esta liberdade em seu benefício eterno. A escolha hoje é sua. (Max Lucado, Ele escolheu os cravos, 2002, capítulo 6).

Todos os sábados, 13h30, pela Rádio Santa Cruz AM 550 – Programa “A Voz da Assembleia de Deus”.

Alimentos: estão sendo arrecadados alimentos para doação às famílias necessitadas do município. Quem puder ajudar basta levar sua doação na Rua Princesa Isabel, 24, Senai. Informações pelo telefone (51) 3711-1718.

IECLB – Partilha e comunhão

“Em seguida Paulo pegou o pão e deu graças a Deus diante de todos. Depois partiu o pão e começou a comer. Então eles ficaram com mais coragem e também comeram.” (Atos 27.35-36)

Estamos na semana da Oração Pela Unidade dos Cristãos. O tema preparado pelas Igrejas Cristãs de Malta é: Gentileza gera gentileza. Para isso eles usaram o texto do livro de Atos 27.18-28.10. Ali está narrada a história do naufrágio que fez com que o apóstolo Paulo chegasse naquela ilha, levando assim também o Evangelho para lá.

Um dos momentos marcantes desta história é justamente quando o apóstolo dá graças e compartilha o pão. Isso renova as esperanças e fortalece num momento de grande dificuldade. Vejam bem: ele não está celebrando a ceia/eucaristia com aquelas pessoas. O que não significa que aquele gesto não tenha criado também comunhão. Fica claro no relato que, a partir do partir, compartilhar do pão, todos ficaram fortalecidos.

Da mesma forma podemos olhar para outra história bíblica muito conhecida: a multiplicação dos pães (Marcos 6.30-44). Ali também não é celebrada a ceia/eucaristia. Ali apenas são compartilhados alimentos após um gesto de oração proferido por Jesus. Com certeza também ali houve encorajamento, fortalecimento para todos que participaram.

Estamos vivendo esse tempo novo, diferente, causado pela pandemia. Com certeza muitos sentem falta, saudades, de poderem estar juntos na sua Igreja, celebrar, ser fortalecidos na comunhão. No momento, no entanto, isso ainda não é recomendado. Os riscos são grandes. Por isso, precisamos também encontrar outras formas para sermos fortalecidos neste tempo de dificuldades. A palavra continua sendo pregada. De várias formas ela está chegando às pessoas: pelo rádio, pela internet com transmissões ao vivo ou mensagens gravadas. Com certeza isso ajuda. Mas muitos, no entanto, gostariam de ter mais, de fazer mais. Para esses fica a sugestão a partir do que fez Paulo e do que aconteceu na história da multiplicação dos pães e peixes: que tal compartilhar o alimento? Compartilhar do que recebemos das mãos generosas de Deus com certeza não só alimenta, como também fortalece a comunhão, mesmo na distância, mesmo em temos de isolamento social.

Que a generosidade/gentileza de Deus conosco nunca se acabe e que ela nos mova para sermos também gentis no compartilhar com quem mais precisa. E que nesse compartilhar que multiplica os alimentos, possa ser multiplicada e fortalecida também a comunhão.

Pastor Márcio Arthur Trentini

Programação

Os cultos presenciais ainda continuam suspensos. Mas temos as transmissões que podem ser acompanhadas via internet:

31/09 – 9h – Culto Sinodal de Pentecostes – https://www.facebook.com/sinodoccs

19h30 – Culto Ecumênico da Semana de Oração Pela Unidade dos Cristãos: no Facebook da Catedral São João Batista, da Comunidade Luterana da Santa Cruz e do P. Márcio A. Trentini