A sociedade possui diversas formas de organização, e cada vez mais, essa diversificação cresce e se multiplica. Por exemplo, isso acontece sob o aspecto familiar. O modelo tradicional de família agora também é acompanhado por novas concepções. É muito bom que estas novidades aconteçam, permitindo que as pessoas tenham mais liberdade para fazer suas escolhas. Em termos políticos, são os progressistas (de esquerda) que aceitam e incentivam essas novas realidades com maior abertura. Os conservadores (de direita) pensam e agem sob o aspecto oposto: não demonstram o mesmo nível de aceitação e de tolerância. O que é uma pena.
Por outro lado, é justo que os conservadores queiram praticar seus valores tradicionais. Recentemente, nosso editorial elogiou a alternância de poder nos Estados Unidos, entre um partido mais conservador (republicanos) e outro mais progressista (democratas). Vale recordar que, como potência, os Estados Unidos se ergueram sob valores tradicionais, extremamente úteis para a sociedade: trabalho, família e religião. A abordagem sobre os Estados Unidos em um jornal de Santa Cruz do Sul tem uma intenção justificável: Santa Cruz também foi erguida sob os valores de trabalho, família e religião.
São valores antigos e construtivos de uma sociedade que, com o decorrer do tempo, passa por mutações e constrói novos valores, sem que os valores tradicionais sejam eliminados. Muito pelo contrário, a concepção tradicional de família ainda é muito forte e presente em nossa sociedade. O mais importante nisso tudo é que, seja em uma concepção tradicional, seja em um modelo familiar criado em tempos mais recentes, as pessoas mantenham laços significativos de sentimento e boa convivência.