Início Especiais Na defesa dos produtores rurais

Na defesa dos produtores rurais

Marco Antônio: “A data é a maneira de valorizar os produtores rurais, pois eles tiveram muitas dificuldades no início da colonização”

Os trabalhadores rurais contam com um grande aporte na defesa de seus direitos. Em 19 de agosto de 1947 surgiu em Santa Cruz do Sul, o Sindicato Rural (SR), configurando-se hoje em um dos mais antigos do Município. “Temos uma responsabilidade muito grande em representar a classe de produtores rurais. Estou há mais de 20 anos como presidente da entidade e tenho procurado neste tempo fazer o melhor possível”, explicou o presidente do SR, Marco Antônio dos Santos.


Marco enfatizou que a tecnologia avança cada vez mais e os trabalhadores têm que buscar acompanhar os diferenciais que aparecem. “Existem muitas demandas e a tecnologia está aí, por isso o produtor tem que buscar sempre por informações atualizadas. Tivemos as questões ambientais, as sementes transgênicas e a genética atual. Estamos trabalhando diariamente em tudo que se refere ao produtor rural, assim também no comércio buscamos o que há de melhor da produção agrícola que reflita para os produtores, tais como a comercialização e os meios de financiamentos. Tanto o Sindicato Rural, quanto a Confederação e a Federação estão atentos nos assuntos do Plano Safra, fazendo os levantamentos necessários para que o produtor tenhas as condições para produzir”.
Com a pandemia, a situação se alterou bastante, conforme Marco Antônio. “Tivemos um pouco de dificuldade, mas o campo não parou. Somos o combustível do ser humano. Somos agraciados quando o clima nos ajuda, pois trabalhamos a céu aberto. Não é tão fácil assim, produzir é algo difícil e temos que ter experiência e um grande conhecimento. Caminhar conforme a evolução, assim como as máquinas também evoluem”.


Conforme o passar dos tempos e com a globalização, a agricultura familiar ficou um pouco prejudicada. “Disputamos muito o volume e preço, pois a agricultura familiar não tem muita área para sua produção. O agricultor tem que ter os olhos voltados para uma atividade econômica que realmente vá compensar a falta de terra.

Existem os sistemas integrados que englobam o leite, suínos, frangos e fumo, e funcionam bem. Há também a agroindústria, as verduras, enfim, tudo é importante dentro da pequena propriedade. Sempre temos que pensar em fazer uma avaliação do que podemos produzir e adquirir dentro daquela área, fazer um cálculo administrativo. Nessa questão temos o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) que oferece cursos de capacitação das pessoas na área gerencial. Temos um profissional de Assistência Técnica Gerencial que atende 30 famílias.

Atualmente trabalhamos com a bovinocultura de corte. Hoje podemos dizer que ganhamos dinheiro nos detalhes e o produtor tem que estar atento a isso. Tudo tem que ser bem calculado para se ter um resultado positivo, para isso existem os parceiros, tais como a Secretaria da Agricultura, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, as prefeituras, associações e cooperativas”.


Para Marco Antônio, a data é extremamente importante por representar uma tradição. “A data é a maneira de valorizar os produtores rurais pois eles tiveram muitas dificuldades no início da colonização. É importante ter este dia que demonstra na sociedade o importante papel que o produtor tem. Tem que ter muita técnica para saber lidar e trabalhar com a terra, cuidar do plantio e ter conhecimento do que se faz”.

Ana Souza

ana@riovalejornal