Início Editorial O retorno ao nacionalismo extremo

O retorno ao nacionalismo extremo

O século 19 foi caracterizado pela consolidação dos estados nacionais. O nacionalismo chegou a tal ponto que, no século 20, tivemos infelizmente a ascensão de regimes como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália. Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo partiu para a bipolaridade: a divisão em dois blocos, um deles capitalista e o outro, socialista. No fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, a proposta passou a ser a globalização, com um predomínio maior do capitalismo.

A globalização tem suas nuances. Ela permite um maior intercâmbio cultural, mas também estimula uma uniformização cultural. Por exemplo, vejamos o caso do futebol, muitas pessoas preferem o futebol europeu do que acompanhar times locais. A globalização, em certo nível, desestimula as culturais locais. Nesse sentido, estabelece o capitalismo como maneira preponderante de vida. Mas, sem dúvida, o maior intercâmbio cultural é uma contribuição e enriquece as diferentes realidades locais.

Portanto, a globalização é paradoxal, mas benéfica em alguns aspectos. Nos últimos anos, houve uma retomada do nacionalismo, o que nos remete ao século 19 e às ditaduras do século 20, como foi o caso da Ditadura Militar no Brasil. Enfim, alguns países assumiram uma característica que vai contra o intercâmbio cultural e que nos deixa mais próximos dos regimes totalitários praticados no século passado. Quem recorda esses regimes, sabe que eles foram extremamente prejudiciais e criminosos. Então, é preciso que os governantes em geral fiquem atentos ao momento que estamos vivendo. Nacionalismo extremo é um desastre, e diversos exemplos no passado mostram que erros gravíssimos foram cometidos em nome do nacionalismo.