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Obrigada sufragistas!

Estamos próximos a eleições municipais, e no Brasil, atualmente, o voto é obrigação e um direito de todo o cidadão. Contudo, nem sempre foi assim. Houve um tempo não muito distante no qual as mulheres não possuíam esse direito, nem sempre valorizado e muitas vezes questionado na sociedade machista e patriarcal.

O direito de a mulher votar foi conquistado através de muita luta por mulheres e homens, denominados sufragistas. As origens do movimento encontram-se na França do século XVIII, onde iniciou-se a busca por um regime democrático.

A Nova Zelândia, em 1893, se tornou o primeiro país a garantir o sufrágio feminino, graças ao movimento liderado por Kate Shepard, inspirada nos ideais iluministas.

A luta pelo direito de votar vem desde antiguidade, onde na Grécia, dita democrática, mulheres eram impedidas de votar e participar do cenário político. Foram anos de lutas, manifestações em busca dos direitos femininos.

No Brasil, essa luta teve um início um pouco tardio, comparado a outros países. Um dos primeiros registros de voto feminino vem da cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. Em 1928, esse Estado nordestino era governado por Juvenal Lamartine, que autorizou o voto, o que não era praticado no restante do país.

Em 24 de fevereiro de 1932, o Código Eleitoral passou a assegurar o voto feminino; todavia, esse direito era concedido apenas a mulheres casadas, com autorização dos maridos, e para viúvas com renda própria, sendo assim, poucas mulheres participavam. Essas limitações deixaram de existir apenas em 1934, quando o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal, mesmo assim muitas vezes era contestado por conservadores que acreditam que lugar de mulher não era na política.

Mas quem foi a primeira eleitora brasileira? Documentos históricos apontam que a professora Celina Guimarães foi a primeira eleitora brasileira, em 1932, e segundo o TSE, e a primeira da América Latina.

O direito de votar é de grande importância para todas as mulheres e não deve ser desperdiçado. Na hora de votar, todas as mulheres devem se fazer presente e escolher candidatos que respeitem o seu voto. Mulheres estão presentes em todos os lugares e devem estar presentes na política como eleitoras e candidatas.