
A Polícia Civil desencadeou, na manhã desta segunda-feira (25.04), a Operação Nosso Lar, que visa desarticular uma organização criminosa que vendia casas pré-fabricadas e não entregava aos clientes. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva e oito conduções coercitivas em Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo. Na ação, que foi realizada pela Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD) em conjunto com a 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, nove pessoas foram presas e seis pessoas foram conduzidas coercitivamente. Vasta documentação foi apreendida, além de armas como uma submetralhadora de uso restrito e revólveres calibre .38.
Segundo o delegado Marcio Moreno, a operação visa restituir às vítimas o prejuízo dos golpes aplicados pela organização criminosa, que soma o valor conjunto de mais de meio milhão de reais. “A organização criminosa oferecia casas pré-fabricadas a valores baixos e facilitação do pagamento em parcelas, exigindo o pagamento de um determinado valor de entrada. Com este pagamento eles não entregavam as casas, desviando os valores para a empresa fictícia”, conta o delegado.
A investigação teve início em 2015 na 1ª Delegacia de Canoas e, de acordo com o delegado Thiago Bennemann, cerca de 80 famílias foram prejudicadas. Os criminosos criavam estruturas complexas com empresas de fachadas e buscavam pessoas que procuravam entregas rápidas. “Famílias entregavam carros como entrada e algumas derrubavam suas antigas casas para montarem as novas, que nunca receberam, ficando sem local para morar”, relata o delegado Bennemann.
Participaram da ação cerca de 60 policiais da capital e região metropolitana. Os presos, após os procedimentos legais, foram encaminhados aos sistema penitenciário.
(Fonte: Polícia Civil)














