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Parada busca visibilidade, igualdade e direitos

Evento ocorre neste domingo, 7, com caminhada prevista para as 15h30 a partir da Catedral São João Batista

Primeira edição da Parada da Diversidade ocorreu em 2019 (Foto: Arquivo RJ)

Luciana Mandler
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Com o objetivo de obter visibilidade, além de buscar por igualdade e direitos, é que neste domingo, 7, ocorre a segunda edição da Parada da Diversidade de Santa Cruz do Sul. Organizado por ONG Desafios, Instituto Palavrações e Conselho Municipal da Diversidade (Comudi), com patrocínio da Prefeitura, a concentração começa às 13 horas em frente à Catedral São João Batista. Às 15 horas, está prevista a abertura oficial com a presença de autoridades e ato ecumênico. A caminhada terá início às 15h30 e seguirá até o Parque da Oktoberfest, com trio elétrico.

O evento é aberto à comunidade em geral. “Pode toda forma de manifestação. Os participantes podem levar cartazes, podem fazer suas reinvindicações pessoais e coletivas. As agremiações e instituições que querem apoiar e participar também podem. Ou seja, serão todos bem-vindos”, frisa Rubem Quintana, presidente do Comudi e da ONG Desafios.

Em Santa Cruz, uma das lutas tem sido a empregabilidade, especialmente da população trans, a que mais sofre com discriminação e preconceito, de acordo com Quintana. Essa causa será lembrada durante a Parada, que também levantará a bandeira contra o fim de todo tipo de violência, pois a intolerância leva a uma série de crimes, como assassinatos e suicídios. “Precisamos trabalhar isso”, sublinha.

No palco do Pavilhão Central, a partir das 16 horas, haverá shows com atrações locais e do Estado. “Teremos uma abertura oficial com a presença de autoridades, ativistas, representantes de ONGs e espaço para manifestações do público LGBTQIA+. Já temos confirmadas mais de 40 apresentações de diversas regiões”, adianta Quintana.

Ele reforça que este será um momento para integração e diversão, assim como conhecer, debater e trocar ideias, dar visibilidade à causa, afirmação da população e um evento democrático e histórico. “Um momento de respeito e união, de construir uma sociedade sem descriminação”, frisa. Na ocasião, também ocorrerá a Diversidade Solidária. A organização convida para que os participantes colaborem com a doação de alimento não perecível, que será revertido ao projeto Formiguinhas Solidárias.

Uma das novidades desta segunda edição do evento é a realização de uma feira exclusiva para empreendedores LGBTQIA+. Produtos e serviços serão oferecidos, em um projeto piloto para implementação de uma feira anual e de proporções regionais.

SOBRE A PARADA

A parada ocorre pelo mundo há 50 anos e tornou-se um símbolo das lutas pela defesa dos direitos básicos da população LGBTQIA+. “Embora tenha se passado tanto tempo, hoje não é muito diferente. Ainda continuamos lutando pela igualdade de direitos, seja no casamento, discriminação, leis mais severas contra homofobia, transfobia e toda forma de preconceito”, reflete Rubem. “Além da visibilidade, o objetivo da parada também sempre será a busca de igualdade e direitos, que, embora constem na nossa Constituição, na prática não é isso que acontece.” Em Santa Cruz, a primeira edição ocorreu em 2019 e nos anos seguintes não foi possível devido à pandemia de covid-19.