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Safra deve começar mais cedo e com mais safreiros

Foto: Arquivo/RJ
Projeção do Stifa mostra que até o mês que vem o volume de contratos alcance a casa dos 50%

O período inicial das contratações dos trabalhadores sazonais nas indústrias do tabaco deverá ser antecipado neste ano. Com a demanda reprimida de períodos anteriores, por conta das restrições ao número de trabalhadores nas linhas de produção, impostas pela pandemia da Covid-19, a projeção para a safra 2022 revela que as admissões poderão estar concluídas até abril, quase dois meses antes do costumeiro fim do processo.


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), Gualter Baptista Júnior, lembra que o volume de contratados em março de 2021 era de 40% e, agora, prevê a tendência de dobrar este percentual. “No ano passado, exatamente no período em que os trabalhadores sazonais seriam chamados, vivemos o pior momento da pandemia até aqui. Foram oito semanas em que as indústrias tiveram que trabalhar com número limitado de funcionários. Isso foi crucial para o desempenho no ano passado”, avalia.


Baptista Júnior explica que, como consequência, foi registrada uma queda de 9% no volume das contratações na safra de 2021. “Neste ano, será diferente, pois a indústria precisa de rapidez. Por isso haverá uma aceleração nos contratos, o que fará a safra ser antecipada”, estima o presidente.


A projeção do Stifa mostra que até o mês que vem o volume de contratos alcance a casa dos 50%; em março, 80%; e em abril as indústrias deverão atingir o pico das admissões, com 100% dos safreiros já atuando nas linhas de produção. “Com isso, podemos prever também que o período de contratações encerrará mais cedo, por volta do mês de agosto, diferente do ano passado, que foi estendido até novembro”, pontua.

Aumento nas contratações

Além de iniciar mais cedo, a projeção de safreiros para a temporada 2022 revela que a quantidade de mão de obra deverá crescer, para igualar-se ao período pré-pandemia. Conforme o presidente do Stifa, a tendência é que o aumento chegue a 10%, o equivalente a até 7 mil postos.


“Será uma safra mais curta, quando comparada com a passada, porém com um fluxo maior de mão de obra. Acreditamos que deverá ser uma retomada dos empregos temporários, pois a indústria está com uma demanda reprimida para contratações”, argumenta o presidente Gualter Baptista Júnior.
O Stifa está em recesso, por conta das férias coletivas. A entidade retornará com o atendimento presencial em 20 de janeiro, das 7h30 às 11h20 e das 13h30 às 17h – de segunda a quinta-feira. Às sextas-feiras, o horário de fechamento será às 16h.

Divulgação/RJ
Gualter Baptista Júnior prevê aceleração nas admissões