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Santa Cruz tem dois casos confirmados de dengue

Os casos registrados são referentes a este ano, o que representa um número inferior no mesmo período do ano passado

Deve-se evitar deixar pneus velhos com água parada, já que são locais ideais para que o mosquito transmissor da dengue se prolifere – Arquivo/RJ

Ricardo Gais
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O ano de 2020 está sendo atípico, já que estamos vivendo uma pandemia. O novo coronavírus roubou a cena de outras enfermidades e pouco se tem falado nas outras doenças. Mas, infelizmente elas continuam fazendo parte de nosso cotidiano. Até a última semana em Santa Cruz do Sul, foram registrados dois casos de pessoas que testaram positivo para a dengue em 2020, são elas dos bairros Centro e Country.

Se observado os anos anteriores é um número baixo. Em 2018, entre os meses de janeiro e maio, não foi confirmado nenhum caso de dengue no município. Já em 2019, no mesmo período, foram confirmados 24 casos. Em 2020, entre janeiro e maio, foram encontrados 205 focos de mosquito Aedes Aegypti e dois casos foram confirmados.

Linha João Alves, Linha Santa Cruz e Monte Alverne não apresentaram focos do mosquito até o momento. Entre janeiro e maio de 2019, foram encontrados 144 focos do mosquito Aedes no município.

Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Município, Luciane Weiss Kist, os números deste ano ainda não são preocupantes, tendo em vista que a situação está sob controle. No entanto, é necessário redobrar os cuidados para prevenir focos do mosquito da dengue, para evitar que mais pessoas fiquem doentes e que não diminua a imunidade das mesmas. “A dengue é uma responsabilidade de todos os cidadãos e pode ser evitada se forem tomados os cuidados necessários, diferente de outras doenças”, disse.

De acordo com Luciane, o período de sazonalidade da dengue, ou seja, o período de maior risco de transmissão da doença, é entre novembro a maio. Para isso, são realizados diariamente trabalhos para prevenção da dengue por meio de vistas de agentes de endemias nas residências da população em diversas regiões do município.

A população também deve fazer a sua parte para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando a água parada em locais que podem se tornar possíveis criadouros, como vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Outra maneira de prevenir é minimizar a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – assim, a roupa proporciona alguma proteção às picadas. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes infectado como o vírus transmissor da doença. A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Um ser humano quando picado pelo mosquito Aedes Aegypti, pode levar de três a 15 dias para sentir os sintomas da dengue. Já que este é o período de incubação do vírus no corpo de uma pessoa.

Os principais sintomas da dengue são febre alta (38.5ºC), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, além de prostração, fraqueza, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns.

Conforme a Vigilância Epidemiológica, caso o cidadão sentir sintomas leves, deve-se dirigir até a sua unidade de saúde. Caso os sintomas sejam mais graves e esteja fora do horário de funcionamento do posto de saúde, deve procurar por atendimento em um dos pronto-atendimentos do Hospital Santa Cruz, Hospitalizinho ou UPA.

O Ministério da Saúde salienta que não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico. Entre as formas de tratamento é recomendado fazer repouso, ingerir bastante água e não tomar medicamentos por conta própria. O tratamento é feito de forma sintomática, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso.

Em Santa Cruz, além da Dengue e Covid-19, já foram confirmados neste ano nove casos de Leptospirose, nos bairros Esmeralda, Centro, Santa Vitória, Rauber, São João e no interior. Também foi confirmado um caso de Leishmaniose Tegumentar Americana em uma moradora de Santa Cruz, de 39 anos.