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Santa-cruzense conta como está a pandemia em Chicago

Ione Schuh, que trabalha em uma companhia aérea, disse que categoria foi muito prejudicada

Ricardo Gais
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Ione Schuh, 58 anos, antes da pandemia em uma viajem. – Fotos: Divulgação/RJ

A santa-cruzense Ione Schuh, de 58 anos, mora atualmente em Chicago e trabalha na United Airlines com o atendimento de passageiros em voos internacionais. Ela conta que a chegada da pandemia do novo coronavírus interferiu muito a sua rotina, como a de todos nós. Com a diminuição e cancelamentos de viagens, a companhia aérea buscou alternativas para contornar a situação.

Ione conseguiu cidadania americana e já trabalha há 28 anos na United Airlines, morou durante 15 anos em Miami e 16 em Chicago. “Moro sozinha, apesar do frio intenso, me adaptei muito bem”, conta. Sobre a pandemia, ela relata que a empresa sofreu muito com a diminuição das viagens, e que o aeroporto no qual ela trabalha, o de O’Hare em Chicago, um dos mais movimentados do País, ficou deserto. “Foi triste e assustador ficar lá o dia inteiro sem nada para fazer. Então, United ofereceu aos seus funcionários a escolha de ficar em casa, por seis meses, sem salário e eu aceitei. Em seguida, a empresa ofereceu a opção de ficar em casa por um ano, com 25% do salário. Nesse tempo aproveitei para vir ao Brasil e ficar com minha mãe no litoral Norte do Rio Grande do Sul e por mais seis meses ficarei por aqui, assim aproveito para cuidar de minha mãe que já está com idade avançada”, acrescentou Ione.

Em seu tempo livre, Ione disse que gosta de andar de caiaque e que participa de grupos de expedições. “Faço caiaque há 30 anos, desde que cheguei em Miami. Tenho seis caiaques de tipos diferentes em casa. Depois de viajar, esse esporte é minha paixão”, sublinha.

Como esporte preferido, Ione pratica caiaque



Sobre a situação da pandemia do novo coronavírus em Chicago, Ione conta que em alguns locais está difícil. “Muitos restaurantes e bares estão fechados, nos poucos abertos é necessário fazer reserva e a pessoa só pode ficar 1h30 no estabelecimento. Chicago tem muitos hospitais e boa infraestrutura e na metade do ano passado adaptaram um centro de convenções enorme para centenas de leitos, que meses depois fecharam por falta de demanda”.

O uso de máscaras, álcool em gel e demais medidas de prevenção à Covid-19 ainda são mantidas de forma rigorosa no País. “Aqui a temperatura é aferida antes de entrar no emprego. Fecharam parques e as praias de Miami e California e quem tentasse ir aos locais era multado”, relatou.

A vacinação também é muito esperada, conta Ione. As pessoas querem fazer a vacina para voltar a rotina normal. “Acredito que mais adiante as empresas só deixarão voltar ao trabalho ou será admitido se provar que tomou a vacina. Eu quero fazer a vacina, mas se possível em Chicago”, opinou.