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Sedentarismo impõe inúmeros riscos para a saúde

Foto: Ana Souza
Exercício físico é também uma ferramenta terapêutica importante

Ana Souza
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Diversas doenças crônicas são provenientes da inatividade física. Assim, a prática de exercícios físicos se torna essencial, sendo uma das ferramentas terapêuticas mais importantes para uma boa qualidade de vida. Neste momento de pandemia, mesmo com algumas flexibilizações, é preciso ter cuidado com a saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza a todas as pessoas que elas podem ser fisicamente ativas e que todo o tipo de movimento conta para a promoção da saúde, evitando o comportamento sedentário. Toda atividade física é benéfica e pode ser realizada como parte do trabalho, esporte, lazer ou caminhada. Também pode ser praticada por meio da dança, brincadeiras e tarefas domésticas cotidianas, tais como jardinagem e limpeza.


A OMS incentiva os países a desenvolverem políticas nacionais de saúde em apoio ao plano de ação global sobre atividade física. Esse programa foi aprovado na 71ª Assembleia Mundial de Saúde, em 2018, para reduzir a inatividade em 15% até 2030. É recomendado a adultos que façam pelo menos de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica de forma moderada a vigorosa por semana. Neste caso, inclui-se quem é portador de doenças crônicas ou incapacidade.


Para adolescentes e crianças, a média é de 60 minutos por dia. Estudos apontam que um em quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física suficiente. Fazê-la regularmente é fundamental para prevenir e controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer, além de reduzir sintomas como depressão e ansiedade, declínio cognitivo, melhorar a memória e ativar a saúde do cérebro.


Pessoas que vivem com incapacidades também podem encontrar na prática de exercícios físicos os benefícios à saúde. Mulheres grávidas e após o parto podem manter as atividades regulares. Para as pessoas idosas, com 65 anos ou mais, recomenda-se adicionar atividades com foco na coordenação e equilíbrio, além do fortalecimento muscular para ajudar na prevenção de quedas.


Em Santa Cruz do Sul, a Academia Precor, com mais de 30 anos de trajetória, sendo uma das pioneiras no município, conta com profissionais habilitados pelo Conselho Regional de Educação Física, sob a supervisão e coordenação do professor e mestre Leandro Tibiriçá Burgos. Localizada na Rua Gaspar Silveira Martins, 1918, presta atendimento com treinos orientados e avaliação personalizada.


“Na Precor, há uma grande preocupação com a prática do exercício de forma correta. Recebemos as pessoas primeiramente para uma avaliação antropométrica, ou seja, as medidas de avaliação física de uma pessoa. Além das questões de anamnese (um histórico) com relação à saúde. Fazemos uma análise e avaliação através de alguns protocolos Cooper e de outros grandes pesquisadores, que nos proporcionam exatamente o quadro funcional e assim podemos trabalhar de forma correta sobre as necessidades de cada pessoa”, explica Burgos. O funcionamento da academia é de segunda a sexta-feira, das 6h45 às 11h30 e das 14 às 21 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. Agendamento pelo telefone (51) 3711-2664 ou e-mail [email protected].

Obesidade e a falta de atividade física

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, mostra a relação entre obesidade e a falta de atividade física. As análises mostraram que a associação entre sedentarismo e mortalidade prematura não tem necessariamente a ver com o índice de massa corporal (IMC) apresentado pelos pacientes. Pessoas mais magras e inativas têm maior risco de morrer por problemas de saúde do que as obesas que se exercitam.


Uma pesquisa publicada em 2015 pelo American Journal of Clinical Nutrition, que se baseou em dados mais recentes sobre a mortalidade na Europa até aquela data, apresentou como resultado que a falta de exercício representa um risco maior de morte do que a obesidade em si. De um total de 9,2 milhões de óbitos anuais registrados no continente europeu, estima-se que cerca de 337 mil podem ser atribuídas a complicações decorrentes da obesidade (IMC superior a 30). Entretanto, quase o dobro desse número – cerca de 676 mil mortes – estão ligadas a hábitos sedentários.


Um estilo de vida sedentário pode prejudicar a saúde de várias formas:
• por queimar menos calorias, a pessoa fica mais propensa a ganhar peso;
• por falta de uso, os músculos perdem força e resistência;
• os ossos enfraquecem e perdem minerais importantes;
• o metabolismo fica prejudicado e torna-se mais difícil para o organismo quebrar gorduras e açúcares;
• o sistema imunológico começa a falhar;
• a circulação sanguínea fica mais difícil;
• as inflamações tornam-se mais frequentes;
• o equilíbrio hormonal é comprometido.
Segundo a OMS, as doenças relacionadas ao sedentarismo matam 300 mil pessoas por ano no Brasil, número que tende a continuar crescendo à medida em que as pessoas dizem “não ter tempo” para praticar atividades físicas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, estes são os principais motivos pelos quais os brasileiros não praticam atividades físicas:
• 51% não se exercitam por falta de tempo;
• 20,3% por problemas saúde ou pela idade avançada;
• 13,9% por não gostarem ou não terem vontade.
(Fonte: http://previva.com.br)