Início Opinião Ser ou não ser, eis a questão!

Ser ou não ser, eis a questão!

O mês de junho terminou com dois fatos tristemente marcantes, na vida do nosso país, e que mostraram muito da nossa cara social como brasileiros, no contexto nacional. Foram fatos que poderiam não ter acontecido, não fosse a insanidade ou insaciedade mental de alguns membros do nosso povo, que demonstraram não ter senso de limites, no sentido de se aproveitar de circunstâncias que possam trazer benefícios, tanto pessoais como sociais, mas que, devidamente ocultados, servem apenas para eles, sem que sejam condenados ou recebam alguma punição pessoal. Também há aqueles que, sub-repticiamente, roubam, no silêncio da burocracia, os valores que são destinados àqueles que precisam da mão protetora do Estado e que o fazem, sem constrangimento algum provando que o que aprenderam só serviu para prejudicar o seu contexto social.

O primeiro deles veio do fato de o governo federal, no sentido de amparar as pessoas menos favorecidas e aqueles que perderam o emprego, promoveu um auxílio financeiro, dentro do possível, para os necessitados. Sucede que um grupo de pessoas de má fé e maldosas invadiram o espaço destinado aos carecidos e conseguiram pegar o que não lhes era devido.

Os que foram capazes de uma atitude dessas, abriram as portas para que o bem-estar social que ostentam seja indagado, porque certamente não é algo bem havido! Os capazes de fazer o que fizeram, são capazes de violentar crianças ou qualquer ser que precise de amparo! Por essa razão, precisam ser banidos do nosso tecido social, por terem se apoderado do modesto valor de seiscentos reais, tão necessário a quem realmente precisa.

O segundo fato veio da nomeação de um professor, não branco, para o cargo de Ministro da Educação nacional e que, por inabilidade dos orientadores que teve em uma universidade estrangeira, não conseguiu concluir o curso que fazia naquela universidade! Quem tem alguma relação com o universo acadêmico sabe que a condução de um trabalho, de final de curso, é da mais absoluta responsabilidade do professor. É este que está a orientar a elaboração do trabalho que visa demonstrar aproveitamento do aluno, dentro do que foi ensinado, para que o curso chegue ao seu final. O aluno, ao omitir o todo da sua passagem pela universidade, criou um aperto desnecessário.

Propor-se a receber o auxílio financeiro é um direito de qualquer brasileiro, o que não quer dizer ser moral fazê-lo!

Cícero Maia – professor