Início Opinião Ufologia: história dos discos voadores. Afinal, quando manterão contato? Parte II

Ufologia: história dos discos voadores. Afinal, quando manterão contato? Parte II

Foi, no entanto, em 24 de junho de 1947, que o piloto civil Kenneth Arnold que estava sobrevoando a área do monte Monte Rainier, no Estado de Washington nos Estados Unidos, quando observou uma formação de nove objetos voadores em forma de disco muito brilhantes, que comparou a pires saltando sobre a água. Foi aí que surgiu o termo OVNIs, que estimou a distância entre 32 e 40 quilômetros e velocidade em surpreendentes 2.700 km por hora. A história era fantástica e a reputação do piloto inatacável. Os editores de jornais da região ficaram impressionados e quando a Força Aérea americana negou ser a origem dos objetos, rapidamente a história ganhou as primeiras páginas da imprensa mundial. Começava a saga dos discos voadores que se espalhava para o mundo.

Em 8 de julho de 1947, alguns dias após o caso Kenneth Arnold, o jornal Roswell Daily Record publicou a manchete “Força Aérea norte-americana captura disco voador num rancho na região de Roswell”, essa notícia foi replicada por inúmeros jornais nos Estados Unidos e no mundo repercutindo uma nota oficial da Base Aérea de Walker, localizada na cidade de Roswell, Novo México sobre um disco voador acidentado. A notícia que ganhou o mundo chegou também ao Brasil. A pequena cidade de Roswell ganhou notoriedade e hoje sobrevive muito graças ao turismo.

Na sequência da divulgação, outros relatos surgiram e a semana de 4 de julho de 1947, estabeleceu um recorde para os relatórios sobre OVNIs no país que não foi quebrado até 1952. Outro estudo identificou mais de 850 observações de OVNIs feitos durante junho e julho de 1947, em quarenta e oito estados americanos, em Washington e no Canadá.

No Brasil, vários incidentes envolvendo OVNIs ou supostas aparições de seres extraterrestres também se tornaram mais frequentes depois de Roswell. Casos com grande repercussão na mídia como a Operação Prato, o Caso Varginha e a chamada Noite Oficial dos OVNIs são ícones da ufologia brasileira.

O interesse sobre o caso era pouco até os anos 1970, quando ufólogos (estudiosos no assunto) começaram a formar variadas teorias da conspiração afirmando que uma ou mais naves extraterrestres haviam colidido com a superfície terrestre, e que os tripulantes alienígenas haviam sido recuperados por militares que depois cobriram a situação e tentaram esconder o que realmente tinha acontecido.

Na TV, ainda em preto e branco, viam-se filmes e seriados sobre aventuras interplanetárias como os episódios de Perdidos no Espaço – centrado na jornada de uma família de terráqueos enviada para colonizar um novo planeta. Depois veio a série Cósmos onde o astrônomo Carl Sagan, no comando da nave da imaginação, levava telespectadores a misteriosos recantos do universo.

Em 29 de abril de 2020, O Departamento de Defesa dos Estados Unidos retirou o sigilo de três gravações de “fenômenos aéreos inexplicáveis”. O Pentágono afirmou que o objetivo da medida é “desfazer qualquer dúvida do público” sobre a origem dessas imagens, que já estavam circulando na internet. Os vídeos já tinham sido vazados em duas ocasiões, em 2007 e 2017 e que foram divulgados pelo jornal americano The New York Times, e o terceiro, por uma organização fundada pelo ex-cantor da banda Blink-182, Tom De Longe, para o estudo dos OVNIs e outros fenômenos paranormais.

A ufologia não constitui um campo de pesquisa científica reconhecido, constituindo-se num ramo de investigação e que não faz parte, portanto, de uso de método científico, sendo caracterizada pela comunidade científica como uma pseudociência e pelos próprios ufologistas como uma pesquisa, não uma ciência de fato.

A crença de que alguns Objetos Voadores Não Identificados podem ter origem extraterrestre e alegações de abduções alienígenas rejeitadas pela maior parte da comunidade científica não havendo, até o momento, qualquer evidência amplamente aceita que confirme a existência de vida fora do planeta.

No contexto da ufologia, o termo abdução é usado para descrever ou relatar hipóteses de raptos, desaparecimentos temporários ou memórias supostamente reais de pessoas que teriam sido levadas secretamente, contra a própria vontade ou não, por entidades aparentemente não humanas ou de natureza e origem desconhecidas, e então submetidas a procedimentos físicos e psicológicos de complexidade não-compreendida de acordo com a Wikipédia.

Supostas abduções por alienígenas têm sido assunto de teorias de conspiração (significado depreciativo muitas vezes usado para rejeitar ou ridicularizar crenças impopulares) foram abordadas na série de televisão de ficção científica criada pela norte americana FOX, de 1993 até 2002, conhecida como Arquivo X.

A grande maioria dos relatos de OVNIs, no entanto, podem ser explicados por avistamentos de aeronaves humanas, fenômenos atmosféricos ou outros objetos astronômicos conhecidos, ou apenas enganações. Mas como explicar os outros 25% de casos inexplicáveis até o momento? A pergunta que paira no ar: Até quando aguardaremos contatos diretos destes outros seres com os terráqueos, se estes realmente existem?

Emigdio H. C. Engelmann – professor universitário aposentado