Um grupo de 22 alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), acompanhados pelos professores Jair Putzke e Andreas Köhler, realizaram uma saída de campo no Pantanal mato-grossense. A viagem, vinculada à disciplina Prática de Campo – Biologia do Pantanal, ocorreu entre os dias 19 e 24 de novembro.
As atividades de campo foram realizadas no Passo do Lontra (Pantanal do Miranda/Abobral), município de Corumbá/MS, onde fica localizada a Base de Estudos do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (BEP/UFMS), com área construída de 1.208 m² às margens do rio Miranda (19°34’37″S e 57°00’42″W).
A partir desta base foi estudado o ecossistema Pantanal em todas as suas faces, desde os capões com vegetação arbórea até os campos abertos com vegetação arbustiva. Durante os quatro dias de estadia no Pantanal, foram percorridos vários quilômetros em busca de plantas e animais típicos da região.
Divulgação/RJ
Grupo capturou um jacaré, que depois foi solto no seu habitat
“O mais interessante foi a captura de um jacaré”, comenta uma das acadêmicas, sendo o jacaré laçado e, depois de ser fotografado e analisado, solto no seu habitat. A pescaria de piranhas (piranha preta, pirambeba) e outros peixes típicos da região (pacu, bagre, papudinho) com anzol e tarrafas chamou a atenção dos alunos. Durante as observações noturnas, próximo da BEP, foram gravados os ruídos da onça pintada, maior predador do Pantanal e animal mais temido pela população local, numa distância de menos de 10 metros da barraca de observação, montado no meio da mata. As pegadas foram observadas no dia seguinte rodeando a barraca.
No total, coletou-se material vegetal e animal de mais de 80 espécies diferentes, incluindo espécies ainda não registrados para a região do Passo do Lontra, demonstrando quão pouco se conhece desta região.
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Alunos passaram pela região de Bonito (MS) e conheceram as águas da localidade
Antes da volta para Santa Cruz do Sul, o grupo passou na região de Bonito (MS) para observação da fauna das águas claras, em atividade de flutuação com equipamento de mergulho. As águas da região de Bonito possuem grande concentração de carbonato de cálcio, comumente chamado de calcário, substância que faz com que a água fique sempre transparente, possibilitando uma visão espetacular da fauna e flora de fundo. Os alunos tiveram a possibilidade de nadar junto a dourados e piraputangas de até 70 cm de comprimento, em águas cristalinas com mais de seis metros de visibilidade.
“Depois de seis dias de viagem, o grupo voltou para Santa Cruz do Sul, cheio de impressões novas sobre este bioma e com a certeza de uma viagem inesquecível”, comentaram os professora Jair e Andreas.














