Alyne Motta
A música gaúcha ganha espaço na noite de sexta-feira, 7 de outubro, quando acontece mais uma edição da Confraria Nativista. O último espetáculo, antes da confraternização de fim de ano, traz o show de Dante Ramon Ledesma, e abertura do grupo Essência Campeira. A apresentação acontece no Taps Restaurante (antiga sede da Alliance One), às 20h.

Além de uma boa música, o evento vai ter seu momento beneficente, quando serão arrecadados brinquedos novos ou usados em bom estado, além de roupas para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos. Essas doações serão revertidas para as crianças do Centro Social Marista Boa Esperança.
A entrega dos brinquedos e roupas acontecerá em uma festa realizada pelos integrantes da Confraria Nativista, no dia 15 de outubro. De acordo com os membros da Confraria, o objetivo do evento é tentar fazer a alegria destas crianças carentes e em situação de risco. Quem quiser ajudar pode entrar em contato com o grupo.
Mais sobre o músico
Nascido na Argentina – em Rio Cuarto, na província de Córdoba – e cidadão brasileiro desde 1978, Dante Ramon Ledesma canta desde os cinco anos de idade estudou violão e canto coral desde os doze anos de idade. Na época de estudante na Argentina (formou-se em Sociologia pela Universidade de Córdoba) participou de vários festivais.
Jovem integrante da ONG Carismáticos, de origem católica, venceu no famoso Festival de Cosquin na categoria juvenil com a canção “Memória del Che”. No ano de sua naturalização, a ditadura civil-militar argentina perseguiu todos aqueles que militavam na juventude carismática, dando-os como subversivos.
Desde então Dante Ramon, que começava a aparecer no canto popular argentino, vive no Rio Grande do Sul. Em 1983, volta a sua carreira de músico como solista, já radicado no Brasil há cinco anos. Em 1984, participou pela primeira vez da 5° Tertúlia de Santa Maria com a música “Orelhano, sendo considerado a grande revelação deste evento.

No mesmo ano venceu a 14° Califórnia da canção de Uruguaiana com a Música “O Grito dos Livres” iniciando-se com a sua participação, a polêmica pela qual não seria permitido cantores com sotaque em festivais. Vencedor da 6° Seara de Carazinho com a música “Faineros e Changueadores” em 1986, considerado o maior intérprete desse evento.
Em 1991 no Festival Acordes Cataratas de Foz do Iguaçu, foi finalista com a música “A Vitória do Trigo” e hoje passa em seis países da Europa como a canção mais representativa para as famílias sem-terra. Outra, de autoria de Fernando Alves e Humberto Zanatta, “América Latina”, é um brado à consciência crítica e união entre os povos explorados da Latino-América.
Na sua carreira artística, já constam 19 CDs gravados, 3 DVDs e cerca de 9 mil shows. Conquistou nove discos de ouro e mais de três milhões de cópias vendidas. Em 2014 o músico sobre um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e ficou internado. Com auxílio de fisioterapia, o músico se recuperou.














