Everson Boeck
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Rodrigo Assmann
Produtores terão auxilio do Estado para produzir mais
Com o objetivo de aumentar significativamente a produção, criar mais empregos e ampliar a geração de renda, a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (Agdi)lançou nesta semana mais dois Núcleos de Extensão Produtiva e Inovação (Nepi), desta vezno Vale do Rio Pardo e Vale do Caí. O lançamento oficial aconteceu na tarde de quinta-feira, 12 de dezembro, na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires. A iniciativa conta com a parceria da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que desenvolve e coordena as ações. O projeto se resume no estreitamento de uma relação continuada das empresas com instituições locais e apóia a formulação de projetos para expansão, modernização e inovação. Na região dos vales, 100 empresas serão contempladas.
O coordenador do Nepi do Vale do Rio Pardo, Maurício Henrique Lenz, explica que o projeto é destinado para indústrias e agroindústrias familiares, preferencialmente de pequeno e médio porte. “O projeto é coordenado por mim e mais cinco extensionistas da Unisc. Através de um acompanhamento, trabalharemos para que essas empresas possam ter um ganho de qualidade e produtividade, oportunidades de interação com Governo, empresas, universidades e outras instituições. Além disso, será feito um assessoramento na elaboração de projetos de investimento e contato com instituições de crédito e fomento”, informa.
Tendo em vista que a Agdi atua de forma regionalizada, oNepicontemplará, segundo Lenz, os municípios do Vale do Rio Pardo abrangidos pelo Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede). Cada um dos cinco extensionistas trabalhará com 20 agroindústrias, totalizando as 100 empresas atendidas. “Já realizamos visitas iniciais nas Emater, secretarias de agricultura e outras instituições da região para a busca das empresas interessadas. Já temos 30 inscritas, ou seja, ainda temos vaga para mais 70. A partir das necessidades dos produtores, colocaremos nosso conhecimento técnico dentro das suas empresas com um trabalho de orientação e acompanhamento para que eles possam realizar suas melhorias e inovações. É um trabalho coletivo de construção e desenvolvimento”, observa Lenz.
Conforme o coordenador do Nepi, a meta é realizar em 2014 cursos de capacitação para os proprietários das agroindústrias integrantes do Núcleo. Serão repassados R$ 431 mil por núcleo à Unisc, para contratação de extensionistas e atendimento às empresas. No Vale do Rio Pardo, o núcleo prioriza os empreendimentos ligados ao Arranjo Produtivo Local (APL) Agroindústria Familiar Vale do Rio Pardo. O núcleo Vale do Caí está localizado no campus de Montenegro da Unisc, e o Vale do Rio Pardo no campus-sede da Unisc, em Santa Cruz do Sul.
O diretor de Produção e Inovação da Agdi, Sérgio Kapron, acredita que uma das finalidades mais importantes do projeto é a valorização das parcerias com os produtores locais. “Esta não é uma proposta do governo, é uma ideia que partiu da comunidade e foi acolhida pelo Estado. Isto é o mais importante, ouvir as demandas da comunidade e oferecer as ferramentas para o crescimento do nosso povo”, ressalta. “Temos todas as competências para realizar o trabalho teórico e prático, não precisamos contratar nada de fora. O desenvolvimento virá de quem conhece a necessidade e a realidade local através de uma construção coletiva”, acrescenta Kapron.
Fotos: Everson Boeck
O lançamento oficial do Núcleo aconteceu na tarde de quinta-feira, 12 de
dezembro, na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires
A participação da empresa
A participação no projeto implica o comprometimento da empresa no que se refere a:
• Realização de investimentos ou contratação de serviços para implantar as ações pactuadas entre o extensionista e a empresa
• Receber o extensionista disponibilizandohorários para atendimentos
• Manter os seus colaboradores informados sobre o projeto e a função do extensionista na empresa
• Atentar para as informações e recomendações transmitidas pelo extensionista e participar ativamente da definiçãoe implantação de ações
• Efetuar e acompanhar a Contrapartida, conforme critérios da Agdi
Contrapartida – É a aplicação de recursos na própria empresa para implantação de ações, indicadas pelo projeto, com foco em inovação ou atualização. O valor mínimo é estipulado considerando o faturamento e outras características da empresa.
O Projeto Extensão Produtiva e Inovação, instituído pela lei 13.839/2011, atua com recursos do Programa de Apoio à Retomada do Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Proredes-Bird). Até agora, já foram desembolsados R$ 7,5 milhões, e a meta é aplicar mais de R$ 40 milhões até 2016 para criação e manutenção de 20 núcleos do programa em todo o Estado.
Maurício Lenz: “Trabalho coletivo de construção e desenvolvimento”
Sérgio Kapron: “Não precisamos contratar nada de fora”