Diego Dettenborn – [email protected]
A ginástica rítmica é um esporte que desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos, traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical e técnica, que transmite acima de tudo satisfação estética aos que a assistem.
Em Santa Cruz do Sul o trabalho desenvolvido pelo Colégio Mauá vem se tornando referência na modalidade no Sul do país. Foi através da escola que a ginástica rítmica santa-cruzense ficou evidenciada em competições nacionais e até internacionais.
O professor e treinador Rafael Luz, formado pela Unisc em Educação Física e especialista em treinamento físico e ginástica pela UFRGS, trabalha há vinte anos com as turmas do Colégio Mauá. Como professor de educação física da escola e também como treinador das turmas de ginástica rítmica, ele garante que é possível através do esporte transformar vidas. “Todo professor ou treinador tem essa responsabilidade, fazer algo para mudar, para que o nosso Brasil, a nossa cidade esteja melhor amanhã. Quem pode fazer essa diferença são as pessoas com quem trabalho e que estão nas minhas mãos.”
A ginasta precisa ter graça, leveza, beleza e técnicas precisas em seus movimentos para demonstrar harmonia e entrosamento com a música e suas companheiras, em um ambiente de expressão corporal contextualizada inclusive pelos sentimentos transmitidos através do corpo. Fisicamente, é função desta modalidade desenvolver o corpo em sua totalidade, por meio dos movimentos naturais aperfeiçoados pelo ritmo e pelas capacidades psicomotoras nos âmbitos físico, artístico e expressivo. Por essa reunião de característica, é chamada de esporte-arte.
Divulgação/RJ

Alunas no Colégio Mauá em apresentação
Para Rafael Luz é possível conhecer um futuro campeão ainda muito cedo, porém é preciso trabalhar vários aspectos de um atleta. “Depois de tanto tempo até no olho é possível enxergar, claro irá depender do desenrolar do processo.” Baseado em um dos estudos que fez recentemente, Rafael afirma que o perfil emocional de um atleta pode fazer a diferença. “Como as multivitoriosas atletas da extinta União Soviética eram trabalhadas, e o ponto forte da escola soviética era o perfil emocional. Depois deste estudo, percebo agora então desde o início que o que pode definir uma ginasta campeã é o perfil emocional”.
Idade
A prática da ginástica rítmica pode ter início em média aos seis anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontram competições individuais ou em conjunto. Segundo Rafael, é importante que seja trabalhado o esporte e a educação do atleta. “Temos pessoas e temos iniciativas maravilhosas no Brasil, mas precisamos investir na massa. O esporte desenvolve disciplina, desenvolve a capacidade de lutar por alguma coisa, pelos sonhos. Isto só se aprende na escola”.
Divulgação/RJ

Professor Rafael Luz e Martina Stapenhorst, atleta destaque no torneio nacional














