Algumas questões em aberto devem ser consideradas antes de concluir as negociações em torno da construção do trevo. A primeira refere-se à futura duplicação. O viaduto a ser erguido deve prever essa duplicação. Se erguer a RST287, deve ser feito na largura correta. Se a transversal for erguida, o espaço para o alargamento deve ser preservado.
Outra questão é o financiamento da obra. Se um aumento de R$2,35 por um ano e meio paga os MR$18 (MR$ = mega reais), então quanto lucrou a concessionária em todo o tempo em que nada foi investido, apenas precariamente conservado? Em vez de aumentar o pedágio seria mais justo diminuir correspondentemente a retirada dos acionistas durante esse período. E não digam que as retiradas feitas eram legais, pergunte-se se eram igualmente justas.
Uma terceira questão, talvez a mais importante. Se a obra for realizada pelo consórcio que detém a concessão, tem que ser garantida e responsabilidade sobre a mesma após a extinção da sociedade, o que provavelmente ocorrerá ao encerrar sua finalidade.
* Cientista aposentado
