Feijão, arroz, almôndega, macarrão, salada. O cardápio, digno de qualquer restaurante, e também dos lares de grande parte dos brasileiros de classe média, é uma das muitas opções de almoço oferecidos de segunda a sexta-feira, no Restaurante Municipal, situado em uma sala aos fundos do Ginásio Poliesportivo, para pessoas em situação de vulnerabilidade social. No local, diariamente, são servidas de 60 a 70 refeições a pessoas cadastradas no Programa Bolsa Família.
É o caso do viúvo Gilberto Moacir Guedes, 39 anos, morador de um pensionato no bairro Senai. Ele é um dos muitos usuários do restaurante e diariamente procura o local para fazer suas refeições ao meio-dia. Trabalhando como operário em uma fábrica de calçados no município de Santa Clara, diz que sem o auxílio da prefeitura a situação ficaria difícil. Ele conta que há dois anos, quando estava desempregado, o custo da refeição era R$ 1,00 e quando não tinha com que pagar ficava com fome. “Quando se está sem emprego, vivendo de bico, tem dia que a gente só tem um real, tem dia que não tem nada. É brabo porque nesses dias ninguém ajuda”, disse. Hoje ele ostenta orgulhoso a carteirinha de usuário.
DECOM/PMSCS/Divulgação
O restaurante oferece uma refeições com os nutrientes necessários para uma alimentação rica e balanceada
O restaurante, mantido exclusivamente pela prefeitura, conta com uma equipe de nutricionistas responsáveis por elaborar o cardápio, reunindo em uma refeição os nutrientes necessários para uma alimentação rica e balanceada para satisfação das necessidades de um adulto. Os pratos quentes são preparados, acondicionados em recipientes próprios e transportados da cozinha do Bairro Santa Vitória para o restaurante central. Já as saladas são fresquinhas, feitas no local e pouco antes de serem servidas.
A vice-prefeita e secretária de Inclusão, Desenvolvimento Social e Habitação, Helena Hermany, explica que o foco do Restaurante Municipal é atender aquelas pessoas que passam por dificuldade material momentânea, como papeleiros, moradores de rua e desempregados. Aqueles que não estão no CadÚnico são levados a fazer o cadastro e imediatamente passam a fazer parte de toda a rede de proteção social do município. “Aos que estão desempregados oferecemos inúmeras oportunidades de capacitação gratuita, encaminhamento para tratamento em situação de dependência química e abrigo junto ao albergue municipal em caso de necessidade”, esclarece.
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Gilberto é um dos muitos usuários do Restaurante Comunitário
Na entrada do restaurante nota-se também a preocupação com a saúde. Para servir-se junto ao buffet é necessário primeiro higienizar as mãos. Junto à porta fica uma pia com toalha de papel e no interior do refeitório, álcool gel está à disposição dos usuários. O espaço é limpo e o ambiente bem organizado. “Além do restaurante central, mantido pela prefeitura, temos também as cozinhas comunitárias e diversos pontos de distribuição que chegam a entregar cerca de mil refeições todos os dias”, reforça a secretária.
