Sei que não é de hoje, mas de uns tempos pra cá os problemas protagonizados por clientes de alguns postos de combustíveis, através das algazarras, sons automotivos e detritos lançados em vias públicas da cidade, vem se repetindo quase que todas as noites e não mais só as vésperas de feriados ou de finais de semana.
Sabe-se igualmente que as lojas de conveniências junto a estes estabelecimentos foram criadas para facilitar a vida das pessoas, que podem encontrar lá produtos do dia-a-dia no caminho da casa, da escola ou do trabalho, com a facilidade de estacionamento e contando ainda com atendimento personalizado, aliado ao conforto e segurança.
Até aí, tudo bem! Mas, infelizmente as coisas foram mudando e atualmente, alguns destes locais se transformaram em pontos de encontros noturnos de pessoas com a finalidade de ingerir bebidas alcoólicas, escutar sons de seus veículos, falar e gritar como se fossem os donos do mundo. E tudo isso acontece a céu aberto nos pátios dos postos, nas ruas e nas calçadas próximas, onde normalmente deixam tudo abodegado com seus resquícios.
E esta prática extrapolada de se divertir vem perturbando a vizinhança que não mais conseguem dormir e nem mesmo descansar dentro de seus próprios lares, tendo que ouvir madrugada adentra até o sol raiar, o que de fato e de direito, não gostariam de escutar.
Outro fato que acredito ser relevante resaltar aqui, diz respeito aos combustíveis que num primeiro momento nos leva a crer ter ficado em segundo plano e que as bebidas é que lideram o ranking nestes locais, já que os valores praticados, principalmente o da gasolina, não raramente aparecem em “cavaletes ou placas”, em frente destes estabelecimentos, propagados como promoções, quando na verdade os preços grifados são iguais ou até mesmo superiores aos de outros “competidores” do setor.
E isto tudo leva a crer que pelo menos nos períodos noturnos, o carro-chefe destes estabelecimentos passou a ser mesmo a venda de bebidas alcoólicas e não mais o da venda de combustíveis, uma vez que os acessos às bombas de abastecimentos se tornaram complicadas e por vezes impossíveis, devido ao grande número de veículos e de pessoas que ali se concentram.
E por falar nisso, é sempre bom lembrar que a população de Santa Cruz do Sul, a muito que vem pagando um dos maiores preços por litro de combustível, principalmente o da gasolina e pra constatar esta realidade, basta pegar a estrada e andar pouquíssimos quilômetros e pronto. Agora se continuar o caminho em direção a Porto Alegre então, nem se fala, pois as diferenças vão se tornando cada vez mais acentuadas e certamente encontrarão preços por litro de gasolina comum, variando entre R$ 2,54 e R$ 2,79 em diversos postos com “Bandeiras”: BR, IPIRANGA, ESSO, entre outras. Enquanto isso por aqui, o raro mesmo é encontrar preços menores que os R$ 2,98 praticados atualmente na maioria deles. Fato que de certa forma desassossega nossa gente e com razão.
Quem sabe doravante nossos “legisladores” acordem para os problemas e criem leis que proíbam a venda de bebidas alcoólicas nestes locais, principalmente em horários noturnos, assim como já acontece noutros estados da federação. Que interrompa a prática de abodegar as vias públicas a cada noitada e principalmente, que elimine de vez a “balbúrdia” causadora das “perturbações do sossego público”. Afinal, ninguém merece conviver com tanta falta de limites!
Criadas as Leis, uma fiscalização eficiente com certeza resolveria os problemas e quem sabe contribuiria da mesma forma para baixar a preços justos, os altos valores cobrados atualmente pelo litro dos combustíveis dos santa-cruzenses…
Qualquer iniciativa visando sanar os problemas aludidos aqui será muito bem-vinda!
* Técnico em Segurança Pública – http://kivisao.blogspot.com.br/














