Início Opinião Mãe rainha e vencedora três vezes admirável de Schoenstatt

Mãe rainha e vencedora três vezes admirável de Schoenstatt

No ano em que comemoramos o CENTENÁRIO DA ALIANÇA DE AMOR é oportuno refletirmos sobre o significado de Maria que nós chamamos de MÃE RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT,  com a qual, em 18 de outubro de 1914, Pe. Kentenich e seus jovens congregados selaram sua Aliança de Amor, dando origem ao Santuário de Schoenstatt.
  Na ocasião, a Mãe Três  Vezes Admirável foi convidada a  estabelecer a sua morada no Santuário para que todas as almas que a visitassem fossem educadas à santidade.  Pe. Kentenich dizia: “…MÃE TRÊS VEZES ADMIRÁVEL, revela-te três vezes  admirável: admirável como genitora, conservadora e educadora da vida divina em nossa alma. Inclinamo-nos diante da sua tríplice tarefa como Vencedora de todos os inimigos de Deus, como dominadora do poder diabólico, do mundo sedutor e  das más paixões. Pedimos Mãe, roga por nós.”
À MÃE pode-se oferecer todos os bens materiais ou espirituais como prova da entrega total e verdadeira ao próprio Deus. “…entrego e consagro a ti, oh! Maria, como escravo, meu corpo, minha alma, meus bens tanto interiores como exteriores, e inclusive o valor de todas as minhas boas ações, passadas, presentes e futuras…”.  Para Schoenstatt, consagrar-se como “escravo de Maria” significa ser um instrumento, um cooperador ativo da Mãe Três Vezes Admirável em sua missão a partir do Santuário. Daí a expressão – NADA SEM VÓS – NADA SEM NÓS.
Desde a origem de Schoenstatt, com Pe. Kentenich,  seus congregados e toda geração fundadora, vivia-se inteiramente tomado pela ideia de atrair a Mãe de Deus à capelinha; tudo era oferecido nessa intenção.
Numa palestra proferida para as mães de Schoenstatt, Pe. Kentenich se referia à Nossa Senhora como – CUSTÓDIA SANTA – representada no mistério da Visitação, como Genitora de Cristo, Portadora de Cristo e Serva de Cristo. Neste encontro, ele convidou as mães a serem também Custódias santas, puras e íntegras para levar Cristo, o Senhor.
Desde que a Mãe de Deus pronunciou o seu Sim como Genitora de Cristo, também nós somos chamados a dar à luz a Cristo. Dizia que a grande lei da encarnação quer repetir-se de novo: “Concebido pelo Espírito Santo, nascido da Virgem Maria”. Se o Espírito Santo não encontra a imagem da Mãe de Deus numa alma, não desdobra aí a sua atividade criadora, formando Cristo, isto é, dando à luz a Cristo.
A custódia sustenta a Cristo. Através da custódia, Cristo é levado por toda a parte; e como da custódia, Cristo abençoa e derrama suas graças a todos os homens, como aconteceu na casa de Isabel, cujo filho foi santificado no seio da mãe.
 Ali, a portadora de Cristo, e Serva de Cristo desempenha sua missão de medianeira das graças. Isabel iluminada pelo Espírito Santo diz à Mãe de Deus: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”. E mais: “Bem-aventurada és tu que creste”(Lc 1,42 e 45). Aqui vimos a influência da Portadora de Cristo, não somente sobre o filho, mas também sobre a mãe. Podemos ver como sua fecundidade é extraordinariamente religiosa.
Schoenstatt, nestes 100 anos de existência, está alicerçado com muita fidelidade e convicção neste princípio da Aliança de Amor com a Mãe de Deus por que… “Ela reina, juntamente com seu Filho, sobre o céu e a terra; participa, de modo singular do poder, da bondade e da sabedoria de Deus Trino… O Senhor esteve, está e estará com Ela para sempre… Ela está também conosco. Nossa tarefa há de ser e permanecer, estar com Ela e, nela, em Deus.
Como Deus não a deixou de lado para vir até nós, assim nós não a deixamos de lado no caminho a Ele. Doravante nada empreenderemos sem a participação dela, mas tudo faremos nela e com Ela. Estando ao nosso lado, avançaremos calma e seguramente, apesar da escuridão do caminho.”
Desde a fundação até hoje cremos fielmente  que  a  Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt atua a partir do seu Santuário distribuindo graças e bençãos a todos que se deixarem educar como filhos  e filhas de Deus. Nenhuma pessoa ficará desamparada se, com sinceridade e perseverança, quiser se tornar uma “pequena Maria”. TUA ALIANÇA NOSSA MISSÃO.
Desejo a todos um feliz e abençoado Centenário!

*Integrante das mães de Schoenstatt