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O que está sendo feito para manter o Túnel Verde

Árvores tipuanas que embelezam o Centro de Santa Cruz possuem aproximadamente 70 anos

Ricardo Gais
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Até o momento, não há previsão de remoção de alguma tipuana – Ricardo Gais

Uma das ruas mais charmosas e arborizadas do Rio Grande do Sul, a Marechal Floriano, além de ser a principal rua da cidade de Santa Cruz do Sul, também possui uma beleza que a diferencia das demais: o Túnel Verde, que é formado por 171 árvores tipuanas que ficam compreendidas entre as ruas Senador Pinheiro Machado e Borges de Medeiros, plantadas há mais de sete décadas. Por isso, para preservar está arborização urbana, a Prefeitura Municipal realiza constantes monitoramentos e algumas intervenções quando necessário.

Conforme a engenheira ambiental, Gabriela Ottmann, além da importância inerente de arborização urbana, o Túnel Verde é atração turística para a cidade e de grande interesse para a comunidade. “Isso justifica a necessidade de constante monitoramento deste patrimônio ambiental, visando a preservação do mesmo e a segurança da população que transita pelo local”. A engenheira salienta que é sabido que as tipuanas foram plantadas quando ainda não havia planejamento urbano em longo prazo.

Com a execução do Programa Túnel Verde no município, verificou-se algumas situações em mais de 150 árvores como galhos secos, ocos e podres e a maioria desses problemas foram resolvidos durante as podas. “Dada a idade das tipuanas, os manejos inadequados feitos no passado e as situações climáticas que são recorrentes, estes são fatores dinâmicos, o que requer cuidados contínuos”, explica Grabriela.

Desde maio de 2018, sete tipuanas foram retiradas do Túnel Verde, devido ao risco de queda já que estavam inclinadas e ao estado fitossanitário precário, que poderia comprometer a segurança da população. Para manter este cuidado e evitar que mais tipuanas fossem removidas, no ano passado Santa Cruz iniciou a operação de cuidado e monitoramento das árvores com a avaliação de técnicos habilitados que desenvolveram uma programação de manutenção e manejo para cada árvore, que ganhou um diagnóstico fitossanitário e, conforme Gabriela Ottmann, este trabalho já vem dando resultados positivos. “A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) catalogou as tipuanas e possui o controle da saúde do Túnel Verde que conta com a realização de podas e manutenção de forma contínua, quando necessário”. A engenheira ambiental ressalta que os principais problemas de saúde das árvores são os fungos e a danificação das raízes e que no momento não há planejamento para mais cortes no Túnel Verde e quem analisa esta situação constantemente é a equipe técnica da Semass, com base no Plano Diretor de Arborização.

Para que alguma Tipuana seja removida, ela deve apresentar os seguintes problemas: risco de queda, danos ao patrimônio público ou privado, estado fitossanitário precário sem condições de recuperação, em casos de obras de interesse social comprovado e demais critérios que estão no artigo 18 da Lei Municipal nº 6447/2012, que autoriza o corte da árvore.

Gabriela salienta que até o momento, não há projeto de substituição ou novos plantios das tipuanas, já que deve-se levar em consideração a largura do passeio público, a presença de fiação elétrica, placas de sinalização, marquises, entre outros. “O Plano Diretor cita que o distanciamento adequado entre árvores é de no mínimo 5 metros para as de pequeno porte, 7,5 metros para as de médio porte e de 10 metros para as de grande porte. Além disso, para planejamento de novos plantios deve-se cuidar os elementos urbanos como acesso de veículos, semáforos, postes com ou sem transformadores e de iluminação pública, esquinas, bocas-de-lobo e faixa de pedestres”, disse. Outro fator que é levado em consideração é o tamanho das calçadas, já que as árvores necessitam de um espaço permeável para seu desenvolvimento, para que não danifiquem as calçadas.