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Literatura | Biblioteca estimula circulação de livros

Troca-troca propõe que obras ganhem novos leitores e espaço receba mais público

Teves aponta que acervo é rico e variado – Fotos: Fabrício Goulart

Fabrício Goulart
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A Biblioteca Pública Municipal Elisa Gil Borowski iniciou, na semana passada, uma nova ação para estimular o público à leitura. A troca de livros entre leitores se uniu ao projeto de refrigerador-biblioteca, localizado na Praça da Cultura, com o intuito de promover a circulação de obras. Hoje, das 14 às 15 horas, ocorre a segunda edição de trocas.

Segundo o bibliotecário Jair Teves, a primeira edição teve procura, mas ainda é necessária divulgação para alavancar a ação. “Uma menina fez várias trocas e saiu com vários livros”, diverte-se, lembrando que não há restrição de número de livros para trocar.

Desde 2019, a biblioteca está na Rua Marechal Floriano, 19, em anexo à Secretaria Municipal de Cultura. O espaço, mais centralizado, serviu para democratizar o acesso aos livros. De lá para cá, Teves avalia que não houve um acréscimo no número de leitores, mas surgiram vantagens com a mudança. “Facilita muito estar centralizado. A logística ficou melhor”, pontua.

Para o bibliotecário, a população precisa ter conhecimento de que o espaço “não é um depósito de livros”. Isso quer dizer que, frequentemente, novos títulos são recebidos. Algumas obras são inéditas e outras relançamentos. É o exemplo do clássico “Drácula”, de Bram Stoker, de 1897, que chegou à biblioteca em uma nova edição, colorida e em capa dura.

Para aqueles que precisam realizar pesquisas, Teves garante que a biblioteca oferece um grande acervo. Um dos livros que está entrando para empréstimos é “O que Jorge conta sobre o Brasil”, de Joseph Hörmeyer. “É um livro que, olhando, talvez não dê nada. Mas tem muito conhecimento, trata da visão do autor em determinado período”, observa.

Desde que a biblioteca mudou para o novo endereço, o prédio histórico – construído em 1910 e que originalmente abrigou o presídio municipal –, o perfil do público tem sido, majoritariamente, de mães e filhos. Contudo, há obras variadas para todos os interesses, incluindo espaço dedicado a autores locais. Ao todo, são cerca de 13 mil títulos.

Refrigerador também funciona por sistema de troca

Livros em braille

Uma parte do acervo que Teves lamenta não ter muita procura é a de livros em braille e audiolivros, para pessoas cegas ou com baixa visão. Ele não sabe explicar o motivo, mas afirma que precisou suspender a aquisição de novos títulos, levando em consideração que ficavam parados. Só em audiolivros, estima-se cerca de 150 obras.

A retirada de livros é gratuita, bastando um comprovante de residência para a realização de um cadastro. As pessoas que, porventura, têm restrições – não fizeram a devolução de alguma obra – precisam regularizar a situação antes de novos empréstimos.