
Guilherme Athayde
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Organizado por movimentos sociais, igrejas e sindicatos de todo o País, um plebiscito popular foi lançado em Santa Cruz do Sul na quinta-feira, 10. A intenção é ouvir a população sobre temas como o fim da escala de trabalho 6×1, a taxação de pessoas com renda anual acima de R$ 600 mil, os chamados “super-ricos”, e a isenção de Imposto de Renda para quem ganha salários de até R$ 5 mil.
A votação em âmbito nacional é voluntária e já está em curso desde o dia 1º deste mês, segundo o organizador do plebiscito em Santa Cruz, Marcus de Oliveira, coordenador do Fórum Democrático da Classe Trabalhadora. “As entidades sindicais irão colocar urnas a disposição de seus associados para que possam votar. Surgiu na plenária a proposta de disponibilizar urnas também em locais públicos, como praças. Creio que ao longo deste mês outras iniciativas devem surgir. O padre José Carlos, de Candelária, informou que serão disponibilizadas urnas para a votação também nas comunidades”, destacou.
O plebiscito ocorre de forma presencial. As urnas fixas estão disponíveis nos sindicatos dos Metalúrgicos, dos Comerciários, dos Bancários, do Vestuário e da Alimentação. “Debater estes assuntos tem uma grande importância. A redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1 significa discutir algo que chamamos de valorização e humanização do trabalho. Já a cobrança de imposto para quem ganha acima de R$ 50 mil e dos super-ricos é fazer justiça tributária. Defendemos a isenção do Imposto de Renda para que ganha até R$ 5 mil”, acentuou Marcus.
A votação nacional, segundo o coordenador, deve sensibilizar os deputados federais e senadores para propostas que são do interesse da classe trabalhadora, que compõe a maioria da população brasileira. A votação se estenderá até o dia 7 de setembro e os resultados serão entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF).














