Guilherme Athayde
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A estrutura de ação das Defesas Civis dos municípios do Vale do Rio Pardo vai conta com um reforço de barcos com motores e reboques, doados pela empresa Japan Tobacco Internacional (JTI). Uma cerimônia simbólica da entrega de duas de um total de sete embarcações que serão repassadas ocorreu na unidade da JTI em Santa Cruz do Sul, no Distrito Industrial, na sexta-feira, 8.
A ação é uma resposta às enchentes que afetaram a região em 2024, resultando na criação do Comitê Pró-Clima do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), que recebeu a doação de R$ 645 mil da JTI através do programa Voluntários do Bem, formado por funcionários da empresa. Segundo Cíntia Schwengber, que coordenava o programa Voluntários do Bem à época das enchentes, o grupo ganhou força com a mobilização de mais pessoas após o evento climático extremo do ano passado.

“Dentro do programa, a gente conseguiu fazer essa mobilização para ajudar naquele momento e conseguimos fazer essa doação. Para cada real doado, a empresa colocou dois reais. Então, ela entrou muito parceira. Se fosse só o programa de voluntários, não teríamos uma entrega tão significativa. A JTI sempre esteve muito presente com a gente, onde conseguimos finalizar com a doação e entrega dos barcos e materiais necessários para minimizar um pouco os impactos no futuro”, destacou.
Cíntia é supervisora de Crédito Rural da JTI e coordenou o Voluntários do Bem até dezembro do ano passado. Atualmente coordenado por Felipe Back, o programa existe há seis anos e chegou a mobilizar cerca de 500 pessoas para ajudar os afetados pelas enchentes de maio de 2024.
As primeiras prefeituras que receberam as embarcações foram as de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. O prefeito Sérgio Moraes destacou que o repasse dos barcos é uma ação importante na organização das Defesas Civis da região. “Em 2024, se tivéssemos estes barcos, poderíamos ter ajudado muito mais pessoas. Este programa da JTI é muito importante e estamos agradecidos em nome da comunidade”, ressaltou o chefe do Executivo santa-cruzense.
Moraes destacou que o município tem feito obras pontuais na área do Bairro Várzea, o ponto mais afetado em épocas de fortes chuvas, pois a Prefeitura ainda aguarda o resultado de estudos que vão criar um plano mais eficaz de combate aos efeitos das enchentes. O mesmo ocorre no Belvedere e na Pedreira, que têm suas áreas mais problemáticas mapeadas. “Com o passar dos dias, esse estudo será apresentado para nós e com isso vamos tomar o passo seguinte”, observou.
O prefeito de Vera Cruz e presidente do Cisvale, Gilson Becker, destacou que as cinco embarcações restantes serão distribuídas para municípios que possuem estruturas de Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Ele ressaltou que, após o episódio das enchentes em 2024, o consórcio arrecadou mais de R$ 1,3 milhão por doações via Pix e que seis projetos de prevenção e enfrentamento dos efeitos das cheias estão sendo estruturados.














