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Bebidas alcoólicas | Santa Cruz registra caso de possível intoxicação por metanol

Secretaria Estadual de Saúde monitora seis casos suspeitos em todo o Rio Grande do Sul

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registra seis casos de suspeita de intoxicação por metanol, um deles em Santa Cruz do Sul. Todos teriam relação com a ingestão de bebidas alcoólicas contaminadas. O metanol é um tipo de álcool tóxico ao consumo humano e muito utilizado nas indústrias. A substância pode causar danos ao sistema nervoso central, provocando uma série de problemas como cegueira, convulsões e até levar à morte.

Desde o dia 9 de outubro, a Secretaria Estadual de Saúde mantém atualizações em sua página de internet sobre as possíveis contaminações no Estado. Onze casos suspeitos já foram descartados e um foi confirmado, de um morador de Porto Alegre. Entre os seis casos suspeitos, dois são no município de Viamão. Os demais são de Canoas, Erechim, Santana do Livramento e Santa Cruz do Sul.

Os casos recentes de intoxicação por metanol no Brasil começaram em setembro, no Estado de São Paulo. Em todo o país, o Ministério da Saúde já investigou mais de 246 possíveis casos de intoxicação por metanol a partir da ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. São 29 casos confirmados e cinco mortes registradas por relação com a ingestão de metanol, todas no Estado de São Paulo, e outras 12 mortes ainda estão em investigação. Mais 217 pessoas internadas em todo o Brasil ainda estão em investigação.

Secretaria Estadual de Saúde publica cartilha com recomendações para a população

Com o aumento dos casos de intoxicação por metanol ligados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas no país, o governo do Estado reforça as orientações para proteger a população. As medidas incluem ações de prevenção, identificação dos principais sintomas, sinais que podem indicar fraude na bebida e orientações sobre o que fazer em caso de suspeita de intoxicação.

Principais sintomas

Os sintomas podem surgir entre 6 e 72 horas após a ingestão da bebida:

  • Dor abdominal
  • Visão alterada
  • Confusão mental
  • Náusea

Esses sinais podem ser confundidos com os de uma ressaca comum. Por isso, ao identificá-los, é fundamental procurar imediatamente atendimento médico em uma unidade de emergência.

Na chegada ao serviço de saúde, informe:

  • Que houve consumo de bebida alcoólica
  • O contexto (ex.: festa, bar, evento)
  • O tipo de bebida ingerida
  • Se havia ou não rótulo na embalagem
  • O horário aproximado da ingestão

Essas informações são essenciais para a investigação, o diagnóstico e o tratamento adequado.

O que fazer em casos de suspeita de intoxicação

Centro de Informação Toxicológica (CIT) do Rio Grande do Sul pode prestar orientações, pelo telefone 0800-721-3000, com atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana.

Como identificar se a bebida é genuína

  • Tampa e lacre: evite produtos com lacre rompido, amassado ou sem selo de controle (IPI).
  • Líquido: desconfie de bebidas com cor estranha, resíduos ou nível de enchimento irregular.
  • Rótulo: atenção a erros de grafia, impressão de baixa qualidade, desalinhamento ou ausência de informações em português.
  • Preço: se estiver muito abaixo do valor praticado no mercado, desconfie.
  • Local de compra: prefira estabelecimentos regulares e exija sempre a nota fiscal.


Descarte correto de embalagens

O descarte adequado contribui para o combate ao mercado ilegal. Recomenda-se:

  • Separar a tampa (plástico ou metal) e descartá-la separadamente
  • Rasgar ou remover o rótulo da embalagem
  • Destinar as garrafas a pontos de coleta ou locais de reciclagem autorizados

Confira a nota informativa publicada pelas secretarias de saúde e de segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul sobre os casos:

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