Início Opinião A prática Espiritual do Casal / Família: Comunhão e Fidelidade

A prática Espiritual do Casal / Família: Comunhão e Fidelidade

Nos dias atuais, quando ouvimos com muita frequência que a constituição das famílias como a conhecíamos no passado, com a figura do pai, da mãe e dos filhos, está fadada ao fracasso, sempre me pergunto: a quem interessa desestruturar ou desacreditar a célula Família?
A grande confusão que se faz hoje em dia é que grande número de relacionamentos são, ou estão, superficiais; que não tem o amor como base sólida para a união e muito menos se convidou Deus para abençoar e acompanhar a relação. Diante da fragilidade do relacionamento, o que ocorre com frequência é que, diante de qualquer adversidade, a primeira atitude é o rompimento da relação.
Ouvimos também, com certa frequência, frases do tipo: “Moramos juntos, mas ainda não casamos porque estamos fazendo “test drive” para ver se dá certo.” Por acaso o ser humano virou carro? Precisamos “testar” se o relacionamento vai dar certo? Isso demonstra, sinceramente, que essa relação pode ter acontecido por qualquer motivo, menos por amor.
Com esse esvaziamento do amor entre as pessoas como base sólida de uma relação, a figura de Deus começou a não fazer parte da vida das famílias que estão se formando. A família cristã nasce do Sacramento do Matrimônio e, por isso mesmo, por desígnio de Deus, realiza com ELE, uma aliança de amor, comunhão e fidelidade.
A família é vocacionada para transmitir a fé aos seus filhos, ser sinal do amor de Deus no mundo e procurar, no seu dia a dia, responder ao apelo de santidade, a que são chamados todos os batizados. Deus sempre ajudará e defenderá a família.
Na família e em nossa vida, precisamos ter o Deus vivo dentro de nossos lares e em nossos corações. A família precisa sentir que o esteio da casa e da relação bem como quem deve pautar as ações é Deus. É ELE quem orienta para uma vida feliz e verdadeira. Que nos leva por caminhos seguros e cria as condições que precisamos para nos tornar melhores como maridos, esposas, filhos, comunidade, profissionais, empregados, patrões, etc…
Quando Deus criou o homem e a mulher, os criou diferentes, mas complementares, dotou-os na sua própria natureza com a capacidade de se amarem e se fazerem um só, e assumiu-os, deste modo, como seus colaboradores na transmissão da vida humana. Assim, do casal nasce à família como célula fundamental da sociedade que se renova e atua.
Façamos de nossas famílias um espaço privilegiado para congregar e unir as pessoas, para a vivência da fé e escuta da Palavra de Deus, para a oração conjugal e familiar, para a ação de graças e abertura aos outros, bem como de partilha de vida. Uma família cristã deve ter momentos de oração e encontro com Deus, para que todos os seus membros tomem consciência do lugar de Deus na vida da sua família.
Finalizamos rogando a Deus e à Sagrada Família que proteja todas as famílias das tentações das traições, da violência física e psicológica; da fome; da miséria; das drogas; do desemprego e que não falte, em nenhuma família, a presença do Deus que nos ama e quer que sejamos felizes em sua presença.
“A família deve ser a vossa grande prioridade pastoral! Sem uma família respeitável e estável não pode haver organismo social sadio, sem ela não pode haver uma verdadeira comunidade eclesial”. Santo João Paulo II

*Paróquia Espírito Santo – Santa Cruz do Sul