Início Geral Ação: Brigada Militar e Apae desenvolvem Ecoterapia

Ação: Brigada Militar e Apae desenvolvem Ecoterapia

Diego Dettenborn – [email protected]
 
Uma parceria que vai muito além da simples função de estabelecer uma qualidade de vida melhor para crianças com alguma necessidade especial. É assim que pode ser resumida a ação desenvolvida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Cruz do Sul em parceria com o 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM). 
A ecoterapia utiliza cavalos no tratamento de uma série de necessidades de jovens santa-cruzenses. Existente desde 2007 o projeto é desenvolvido nas dependências da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) – antigo colégio Murilo Braga e contempla 16 crianças. 


Fernanda e Gabriela:  fisioterapeuta e participante,em total sintonia
 
 
 
O projeto existe desde 2007, mas foi em 2008 que ganhou força. Hoje em dia os profissionais da Apae realizam o serviço duas vezes por semana, segunda e quinta-feira na parte da tarde. Participante da equipe desde junho deste ano a fisioterapeuta Fernanda Fischer é responsável pelas ações desenvolvidas durante as tardes de encontro com as crianças.  
“Essas crianças passam por dificuldades variadas. Hiperatividade, autismo, paralisia cerebral, síndrome de Down, cada uma com sua necessidade específica. Utilizamos os cavalos para trabalhar aquilo que a criança necessita, seja na parte psicológica ou na parte motora. Como fisioterapeuta eu trabalho mais a parte motora, mudança de postura, fortalecimento. O cavalo acaba sendo um motivador para as crianças, por ser um animal grande, mas manso, acostumado com o barulho”. 
Fernanda ainda destaca o que significa para ela fazer parte do projeto. “Aqui não chamamos as crianças de pacientes, ou clientes, elas são praticantes. Acabam tendo participação na terapia, adquirem uma noção de movimento. É muito gratificante este trabalho, pois são pequenos detalhes no desenvolvimento do praticante que a gente observa a cada pratica que acaba dando um total no desenrolar das atividades”. 


Parceria entre Brigada Militar e Apae está assegurada em 2014
 
 
O cavalo é utilizado como facilitador para os estímulos, no entanto a Ecoterapia não pode ser utilizada como única ferramenta, o processo deve sempre ser acompanhado por outros trabalhos.  “A criança tem a figura do cavalo como se fosse um Centauro, ou seja, o cavalo funciona como as pernas. Quando ela monta ela vai onde ela quer, ela acaba tendo uma sensação de poder mais. Aumenta a auto-estima e a segurança, é muito legal propiciar esta confiança, até mesmo para um cadeirante”, conclui Fernanda.
Já para Lucina Haas, mãe de dois integrantes do projeto, poder participar das ações desenvolvidas é um estímulo para toda a família. “Para os meus filhos é muito bom, a evolução é muito grande. O Gabriel era no começo bem “molenguinho”, ele não se firmava direito, minha filha também, agora os dois estão mais firmes. É até um momento de descontração pra mim e eles adoram. Pretendo seguir com eles aqui bastante tempo”.
 
 

“É até um momento de descontração pra mim e eles adoram”
 
 
Brigada Militar
 
Os animais utilizados nas terapias são os mesmo utilizados pela Brigada Militar no trabalho de rua. Nas atividades, geralmente dois policiais são deslocados com os animais até as dependências da Uergs para realizar a ação. O capitão Hélcio Gaira destaca a importância da parceria com a Apae. “Esse trabalho de andadura nos equinos proporciona essa melhora fisioterápica das crianças da Apae. Nós realizamos e apoiamos este trabalho, hoje estamos renovando por mais um ano esta parceria, na qual doamos o tempo todo para que este projeto permaneça. Nosso profissional muitas vezes vem na hora de folga realizar esta atividade para que isso aconteça e proporcione uma felicidade para estas crianças.”
 
 
 
 
 
 
 
 

Gaira.  “Nos doamos o tempo todo para que este projeto permaneça”
 
 
 
Fotos Diego Dettenborn