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Ação: Proerd forma turma com 700 alunos

Diego Dettenborn – [email protected]
 
A manhã da última terça-feira, 10 de dezembro, serviu para coroar um ano positivo no que diz respeito ao relacionamento da Brigada Militar com a comunidade santa-cruzense. Ocorreu no auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) a formatura da turma do segundo semestre do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd).  Ao todo 700 crianças estiveram presentes na solenidade.
A ação, que contemplou mais de mil crianças durante 2013, teve ainda no mês de setembro outra formatura onde 500 alunos foram homenageados.  No projeto, crianças de 5ª a 8ª série desenvolvem atividades supervisionadas por policiais militares durante um período de dez semanas. 
A Brigada Militar do Vale do Rio Pardo desenvolve o programa desde 2001 e de lá para cá milhares de crianças dos mais variados bairros santa-cruzenses foram contempladas com a ação que visa a prevenção, o combate e a desmistificação do universo das drogas. Idealizado nos EUA e iniciado aqui no Brasil na cidade do Rio de Janeiro, o Proerd é desenvolvido pelo 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM). 
Hélcio Gaira, capitão da Brigada Militar e coordenador do programa ressalta o sucesso da ação. “Este programa tem se mostrado bastante eficiente, ele vem dando certo. Deixou de ser institucional e passou a ser da comunidade, é um programa comunitário”.
Gaira destaca a procura pelo programa por parte das próprias escolas. “Hoje as escolas, os alunos eles já não aceitam mais a possibilidade de que o Proerd não vá na sua escola naquele ano e as crianças esperam com muita ansiedade este momento. Nos sentimos muito felizes por ter essa aceitação e o apoio da sociedade e da comunidade escolar”, ressalta. 
 
Rolf Steinhaus

Cerimônia serviu para coroar ano de ouro para a Brigada militar do Vale do Rio Pardo
 
 
 
Uma das ideologias repassadas aos alunos durante o curso é a de vencer a pressão dos grupos e resistir as drogas.  Ter cuidado com os amigos e o que é dito como certo ou errado nos grupos de amizade em uma idade em que as crianças se encontram tão suscetíveis a novas idéias. “Mostramos para eles que existem outras opções, não só as drogas, que eles podem tomar uma decisão livre, consciente. A criança deve analisar os riscos as conseqüências e ela pode tomar uma decisão saudável de resistir”.
Outra questão fundamental ensinada durante as aulas é o valor que deve ser dado as amizades verdadeiras. Segundo o coordenador Gaira é importante evidenciar para as crianças que os pais e familiares são os primeiros amigos da criança, depois os professores e os policiais. “Nós entramos com a ideia de que os policiais são amigos sim, são pessoas que também são elementos sociais que estão ali para ajudar e mostrar que as coisas devem ser feitas com responsabilidade”.
As lições são desenvolvidas em sala de aula, por um Policial Militar com o acompanhamento e auxílio do professor (a) e de forma interdisciplinar, buscando desenvolver na criança capacidades sociais e habilidades que possibilitem a estas se manterem afastadas das substâncias psicoativas e da violência, através de orientações sobre como resolverem conflitos, serem seguros, tomarem decisões por si próprios e resistirem à pressão para experimentarem as drogas. As lições são ministradas por meio de encenações teatrais e trabalhos em grupos para alunos e palestras  para  pais e professores.