Início Geral Acessibilidade e inclusão: políticas públicas devem saltar dos discursos

Acessibilidade e inclusão: políticas públicas devem saltar dos discursos

Evento reuniu cerca de 300 pessoas na Unisc após dois anos sem atividade presencial

Após dois anos de pandemia, o Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades voltou a sua versão presencial. O evento, em sua 178ª edição, foi uma promoção da Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado do Rio Grande do Sul (Faders) em parceria com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência e municípios que compõe o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Rio Pardo e ocorreu nessa sexta-feira, dia 29, no anfiteatro da Unisc, com um público de 300 pessoas de vários municípios da região.


A proposta do fórum é articular junto aos municípios as políticas públicas de acessibilidade e inclusão nos diversos segmentos sociais. Na parte da manhã, foi apresentado o Diagnóstico Municipal e Regional sobre Acessibilidade e Inclusão do Corede e, à tarde, foram oferecidas oficinas temáticas. Os técnicos da Faders continuarão a monitorar os municípios, de forma que as políticas entrem na agenda dos agentes públicos.


Durante a cerimônia de abertura, Marco Antônio Lang falou da alegria do encontro presencial, da evolução do trabalho com o uso da tecnologia em razão das restrições da pandemia e disse que é necessário não ficar apenas no discurso quando se trata de avanços nas políticas públicas. “Precisamos cobrar ações dos representantes da sociedade e não deixar que as coisas fiquem só no papel. Hoje estamos aqui por aqueles que não têm condições de sair de casa. É por eles que temos que lutar”, disse.


A presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Compede), Francine Beatriz da Silva, instigou as pessoas a participarem de forma mais efetiva das discussões ao dizer que o órgão sozinho tem atuação restrita. “Incluir é a nossa bandeira. Precisamos abrir caminhos para que as pessoas tenham acesso à saúde, à educação, ao trabalho. Mas o conselho não funciona sem a participação da sociedade civil e do poder público”, acentuou.


A diretora da Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte, Priscila Froemming, reconheceu a importância do espaço para troca de experiências entre os municípios, levantamento de sugestões, debate acerca das dificuldades enfrentadas dentro de cada realidade e construção conjunta de novas propostas em toda a região. “Quando a gente senta para discutir políticas públicas, se coloca no lugar do outro. Fazendo esse diagnóstico também percebemos muitas coisas boas. Em Santa Cruz do Sul temos muitos avanços e políticas efetivas de inclusão”, avaliou.