Início Cultura Amor ao RS: A cultura gaúcha está em todos os corações

Amor ao RS: A cultura gaúcha está em todos os corações

No sábado, 19, desfile do Enart foi um momento para demonstrar amor pela tradição

ROGÉRIO BASTOS/MTG
Desfile foi uma das novidades deste ano do Enart

Débora Dumke
[email protected]

Na manhã de sábado, 19, a Praça Getúlio Vargas foi preenchida com amor ao tradicionalismo. Participantes tiveram a oportunidade de fazer suas apresentações durante a Mostra Artística em frente a Catedral, com declamações, danças e performances de intérpretes e instrumentistas. O evento ‘Enart na Comunidade’ reuniu um grande público.
Logo em seguida, foi a vez dos grupos tradicionalistas abrilhantarem a principal rua do centro da cidade de Santa Cruz do Sul, a Marechal Floriano. No momento, tiveram grande integração com os organizadores e participantes do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart).


O desfile ocupou as quatro quadras, saindo da esquina da Catedral São João Batista e indo em direção à Praça da Bandeira, em frente da Prefeitura Municipal. Por ser um momento de retomada, toda a população estava encantada em poder acompanhar de pertinho esse momento tão especial, que é poder viver um pouco da amada tradição gaúcha. Sorrisos, lágrimas e emoção é o que podem descrever esse momento.


Para Manoelito Savaris, presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), na noite de sexta-feira, 18, na abertura oficial, saiu tudo conforme o planejado. “Foi muito importante ter a presença da prefeita Helena Hermany (Progressistas), vereadores e demais autoridades. As danças se encerraram às 3 horas da manhã. Este momento na praça é muito importante, para que possamos mostrar para a comunidade em geral como é um pouco do Enart, e assim, interagir mais com a sociedade”, contou ele.

Fotos: Ana Souza
Manoelito Savaris: “Desfile foi um momento para interagir ainda mais com a comunidade”


O deputado federal Heitor Schuch (PSB) também prestigiou o evento na praça e enfatizou que o que existe de sagrado para os gaúchos é a cultura e a tradição. “A cada ano que tem o Enart é colocado um fermento, um oxigênio novo para dar uma motivada, em especial aos jovens. A juventude, adolescentes e as crianças já vão crescendo com essa raiz. Isso nos dá a certeza de que a nossa cultura será infinita, que não irá terminar nunca”, destacou ele.

Schuch: “O que existe de sagrado para os gaúchos é a cultura e a tradição”


Enart é marca, e que por ser uma retomada, após pandemia, o mundo com certeza vai entrar nos eixos novamente, completou Schuch. “O ser humano quer paz, fraternidade, coisas boas, seu trabalho, sua renda e educar a sua família. Para isso, várias engrenagens precisam funcionar. Um povo sem cultura, sem tradição é um povo pobre, mas mais ainda quando ele tem tudo isso e não vive. Aqui a gente vive, trabalha com muita força todas essas coisas que fazem parte do nosso cotidiano, da nossa história,” concluiu.

A valorização do tradicionalismo

“Participo há mais de 20 anos, tenho 77 anos, foi desde quando era o Festival Gaúcho e Gastronômico de Arte e Tradição (Fegart). Faço parte dos competidores da modalidade de Gaita de Boca, pelo CTG Lanceiros de Santa Cruz. Ensino a minha neta a tocar a gaita desde que ele tinha 3 aninhos, hoje ela está com 8 anos. A 35ª edição terá entrega de troféus e se torna ainda mais válida a participação. Participamos da seletiva regional, inter-regional e depois o Enart. O desfile demonstra o amor que temos ao nosso Estado.”

Mario Inacio Becker e sua neta Giovana

“Sou a 1ª prenda Mirim de Encruzilhada do Sul, da 5ª RT. Me sinto feliz em estar em Santa Cruz do Sul. Irei cantar a música Xote da Amizade, de Mario Barbará, acrescentou Olivia Duarte Rocha, de 8 anos de idade. Acompanhada da mãe Claudia que se disse muito orgulhosa por participar do Enart. Representa orgulho! Olivia irá desfilar e participa do Tchêncontro”, disse a mãe de Olívia.

Olívia durante a apresentação na Mostra Artística

“As expectativas são as melhores. Iremos participar do Tchêncontro. É muito importante este momento por ter ficado tanto tempo parado. É um reencontro cultural. Oportunidade de voltarmos para as atividades e ter a participação do público, ou seja, a integração através da cultura. Além disso, é uma chance de estar fazendo novas amizades e firmar ainda mais as que já existem”, Andrei Luiz Fonseca, CTG Passo do Ijuí – 1º Peão da Região Tradicionalista e Eduarda Teixeira Streck, CTG Tropilha Criola de São Borja- 1ª Prenda da 3º Região Tradicionalista.

Andrei e Eduarda participam intensamente do Enart