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Arroio do Tigre ganha Centro de Formação

Na última quinta-feira, 12, uma solenidade no Centro Agrícola de Arroio do Tigre marcou a inauguração do Centro de Formação Técnica para Jovens Rurais, uma iniciativa do Programa Arise – Alcançando a Redução do Trabalho Infantil pelo Suporte à Educação, liderado pela JTI, Winrock Internacional (WI) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além de autoridades e representantes das entidades envolvidas, participaram da cerimônia e da aula inaugural, os 50 alunos da primeira turma, juntamente com seus pais, e o corpo técnico, formado por professores da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc).
Durante a solenidade, representantes de sindicatos, entidades rurais e Poder Público foram unânimes em ressaltar a grande oportunidade que os jovens estão recebendo, tendo a educação como agente transformador do meio em que vivem. A oficial de Projeto da OIT, Márcia Ustra Soares, explicou que a inauguração é um marco do projeto. “É um momento extremamente importante, pois atende a um dos principais objetivos deste programa, que é profissionalizar o jovem do meio rural”, destacou.

Studio Junio Nunes

Inauguração do Centro de Formação contou com intensa participação da comunidade local

O vice-presidente da JTI para a América do Sul, Eduardo Renner, reafirmou a sua satisfação na escolha do local a ser implantado o projeto. “Esta é uma região importante para a JTI e merecia um programa como esse. A maior satisfação é voltar aqui e ver que está funcionando, que todos querem fazer algo diferente”, argumentou. Renner ainda incentivou os jovens dizendo que “o futuro está nas mãos de vocês e todos vão vencer, melhorando as suas propriedades”. Conforme Renner, a expectativa é que o projeto “contamine outras comunidades e novas ações deste tipo sejam implementadas”.
O Centro de Formação tem como objetivo contribuir para a redução do trabalho infanto-juvenil na cultura do tabaco e qualificar o jovem, dando oportunidade para que ele pemaneça no meio rural e valorize a sua propriedade. De acordo com a coordenadora do Arise e diretora da WI no Brasil, Luísa Siqueira, a expectativa é qualificar, até dezembro de 2013, cerca de 500 jovens do município, com idade entre 14 e 17 anos, que estejam cursando a oitava série ou o Ensino Médio. Em turno inverso à escola, as aulas acontecem às quintas e sextas-feiras, com a expectativa de que o aprendizado seja implementado nas suas propriedades.

MULHERES
As mulheres rurais de Arroio do Tigre também foram contempladas com uma ação do Programa Arise na última semana. Durante três dias, 20 produtoras participaram do Curso de Panificação, proferido pela Cooperativa dos Profissionais de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Coopater). Durante a cerimônia de entrega dos certificados, na quinta-feira, 12,  a professora Ludmila Alves Gallon falou sobre o conteúdo do curso, que incluiu a história do pão, as boas práticas, higiene e segurança e a utilização de produtos naturais e integrais. Na quarta-feira, 11, as alunas fizeram os pães para a merenda escolar dos alunos da Escola Balduino Brixner, em Linha Ocidental, onde o curso foi ministrado.

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Estímulo de geração de renda: Curso de Panificação envolveu mulheres rurais de Arroio do Tigre

De acordo com o gerente de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, Flávio Goulart,  esta é uma atividade complementar do Programa Arise, dentro da proposta de estímulo de geração de renda. “O curso dá condições para as mulheres e mães do meio rural garantirem novas oportunidades de renda para a família”, salientou. Após a entrega dos certificados, houve a degustação de pães, bolos e cucas produzidos pelas produtoras rurais.

Saiba mais sobre o Arise
Lançado em fevereiro de 2012, o Arise – que também integra o Programa Crescer Legal, desenvolvido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) – foi desenvolvido especificamente para a JTI nas comunidades onde a empresa compra tabaco e será implementado, inicialmente, no Brasil e no Malawi, na África. O programa, que aborda os fatores sociais e econômicos que podem levar agricultores familiares a utilizarem crianças em atividades laborais, é destinado a incrementar o acesso à educação de qualidade para as crianças, conscientizar sobre o trabalho infantil, melhorar a qualidade de vida das comunidades produtoras de tabaco e as práticas laborais, em um trabalho em parceria entre o governo e a sociedade civil. Desta forma, o Arise visa ajudar não só crianças, mas as famílias e comunidades como um todo.