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Aumento | Cesta básica tem elevação de 7,814%, ou seja R$ 47,54 mais cara

Dos 13 produtos pesquisados, quatro apresentaram redução e nove produtos apresentaram elevação de preço

Mais uma vez, o tomate foi um dos produtos que elevou a cesta básica
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A variação do custo da cesta básica nacional em Santa Cruz do Sul, conforme levantamento do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Unisc, foi de 7,814% no período de 6 de dezembro de 2023 a 3 de janeiro de 2024, passando de R$ 608,30 para R$ 655,845, uma elevação de R$ 47,54, alcançando o maior valor da série histórica do estudo. Dos 13 produtos pesquisados, quatro apresentaram redução e nove produtos tiveram elevação de preço.
As maiores contribuições para esta elevação do custo da cesta básica Nacional foram do tomate (5,130%) e da batata inglesa (1,976%). As menores foram do feijão preto e do arroz (0,361% e 0,309% respectivamente), que completam a lista de “vilões” neste primeiro levantamento de 2024. Os produtos que frearam um aumenjto ainda maior do pacote foram o leite tipo C (-0,123%) e a banha (-0,100%).
Considerando um período de doze meses, em relação a janeiro de 2023, a elevação acumulada é de 5,304%. Com esse custo da cesta básica, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebe o salário mínimo nacional neste início de janeiro precisou trabalhar 109,308 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos, ou 7,92 horas (quase um dia inteiro de atividade) a mais que o necessário para obter a remuneração no começo de dezembro do ano passado.
A partir dos gastos com alimentação é possível estimar o salário mínimo necessário para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a mesma metodologia utilizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor em Santa Cruz do Sul para dezembro de 2023, pago no início de janeiro de 2024, deveria ter sido de R$ 5.468,42, para uma família composta por dois adultos e duas crianças. Com esse custo da cesta básica nacional, o salário mínimo deveria ser 4,142 vezes maior do que o atualmente vigente.
A cesta básica relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto-Lei 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei 185, de 14 de janeiro de 1936, da instituição do salário mínimo no Brasil. Esse dispositivo estabelece que o piso base de remuneração é devido ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.