Alyne Motta
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Um mapeamento coletivo de lugares onde as pessoas foram vítimas de assaltos, furtos ou até mesmo sequestros. Assim é o B.O. Coletivo, um movimento nacional surgido no OuiShare Fest, em Porto Alegre, um evento satélite do maior festival de economia colaborativa da Europa, realizado no dia 4 de maio de 2013.
Uma das atividades do dia foi ministrada pelo coletivo Shoot the Shit, que propôs um desafio de ativismo urbano. De acordo com Giovana Berti Previdi, o grupo do qual participava recebeu como tema a segurança. “Depois de muita conversa e reflexão em poucos (muito poucos!) minutos, surgiu o B.O. Coletivo”, revela.
“De certa forma, é um tagueamento offline de lugares inseguros nas cidades”, explica Giovana, acrescentando que todos podem participar. “A ação principal, que realmente depende de cada um, é utilizar efetivamente os cartazes. Baixar, imprimir e colar no local onde houve o crime”, comenta a publicitária.
B.O. Coletivo
Cartazes formam um mapeamento off-line de locais com baixa segurança
Em tão pouco tempo de existência, a causa já se tornou um movimento nacional. Segundo Giovana, já houve notícia do movimento no Paraná e nas cidades de São Paulo e Maceió. Além disso, pessoas de diversos municípios brasileiros já se manifestaram a favor da causa.
“Começamos a colar os cartazes onde nós ou nossos amigos e familiares fomos vítimas. Depois, na fan page, convidamos as pessoas a nos indicarem os lugares onde foram vítimas, nos comprometendo a colar os cartazes por elas. Agora o projeto já tem autonomia, as pessoas estão baixando, imprimindo e colando seus cartazes”, afirma.
E POR AQUI?
Em Santa Cruz do Sul o B.O. Coletivo é muito recente. “Começou há pouquíssimos dias, ainda não tive tempo de mobilizar as pessoas aqui de Santa Cruz para a causa, até porque a repercussão maior tem sido em Porto Alegre e em cidades maiores”, comenta Giovana.
B.O. Coletivo
Quem quiser contribuir, pode baixar os cartazes, imprimir e fixar nos locais
Mesmo dando os primeiros passos em terras santa-cruzenses, a publicitária acredita que, à medida que as pessoas forem conhecendo mais a ideia, poderão querer participar da iniciativa. “Mais do que fazermos, precisamos incentivar que outras pessoas – amigos, colegas e familiares – façam o mesmo”.
Os objetivos principais deste coletivo de ativismo urbano são chamar a atenção das autoridades para locais da cidade que não oferecem segurança à população e também alertar as próprias pessoas sobre os riscos de circular nestes locais. Para saber mais sobre o coletivo, basta acessar a página www.facebook.com/B.O.Coletivo.














