Guilherme Athayde
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul anunciou na segunda-feira, 22, a denúncia dos acusados pela morte de Francine Sins, assassinada no último dia 15 de abril, na localidade de Rio Pardinho.
Os denunciados pelo crime que chocou Santa Cruz e região e ganhou repercussão nacional, são o padrasto da vítima, Ronaldo dos Santos, de 31 anos, e a mãe da jovem, Geni Sins, de 54 anos.
Francine morreu estrangulada aos 13 anos de idade após ser levada pelo padrasto a um local próximo a sua casa na véspera da páscoa. Ela saiu da residência onde vivia, supostamente para comprar ovos para a páscoa. O corpo foi encontrado no dia 18 de abril amarrado a uma árvore, em um matagal.
Dois dias depois, Ronaldo dos Santos foi preso pela Brigada Militar quando se dirigia à delegacia para se entregar. Ele confessou o crime e denunciou sua companheira, Geni, como mandante. Ela nega a acusação.
Segundo o padrasto, a mãe da criança teria ciúmes em virtude de um relacionamento entre a vítima e o executor do crime. O assassino disse à polícia que mantinha relações sexuais consentidas com Francine. A delegada Lisandra de Carvalho, que responde pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, pediu a prisão da mãe logo após o depoimento do padrasto, e depois que Geni foi ouvida na delegacia. Atualmente, Ronaldo está preso e a acusada está em prisão domiciliar conseguida por sua defesa, que alegou que ela não estaria recebendo cuidados médicos necessários na prisão, já que Geni diz sofrer de transtorno depressivo.
A denúncia é o início do processo. Agora, se a acusação conseguir provar o conteúdo da declaração, o juiz responsável pelo caso define a sentença de pronúncia, para posterior formação do tribunal do júri.
Ronaldo – executor do crime – foi indiciado por homicídio qualificado (feminicídio) e estupro de vulnerável, com os qualificadores – motivo torpe, meio cruel (asfixia), dissimulação (o fato de Francine ter sido enganada para ir até o local do crime), impossibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver.
A mãe de Francine, Geni, será indiciada pelos mesmos crimes de Ronaldo, excluindo-se o estupro de vulnerável, já que a polícia não conseguiu comprovar o conhecimento da mãe sobre as relações sexuais de sua filha com Ronaldo.














