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Cloro é indispensável no tratamento da água

Cristiano Silva
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Rolf Steinhaus

Cloro é obrigatório por lei no tratamento de água das piscinas

Neste verão, que ainda nos brinda com inúmeros dias quentes, uma piscina, seja em casa ou em algum clube da cidade, é sempre bem-vinda para nos refrescarmos do calorão. Porém, alguns cuidados devem ser tomados.
O cloro, muitas vezes tido como perigoso e prejudicial para o ser humano, não só é necessário, como é obrigatório o seu uso. Segundo o sócio proprietário da empresa Lago Azul Piscinas, João Carlos Kuhn, diversos mitos sempre foram designados ao cloro, mitos destes que não se aplicam na prática.
“O cloro sempre levou a culpa pela irritação dos olhos ou mesmo do cabelo verde das meninas nas piscinas, mas isso é mito. São os algicidas, usados no tratamento para eliminar as algas, que tem em sua base sulfato de cobre, que ocasionam esses problemas”, destaca João, completando que a diferença de temperatura no nosso estado reflete na dosagem correta da aplicação do produto nas piscinas.
“Como aqui no Rio Grande do Sul, no verão chega a 40º e no inverno fica a baixo de 0º, essa diferença na temperatura faz com que o tratamento seja diferenciado na quantidade. Mesmo com a fábrica colocando uma quantidade X na embalagem, na prática a aplicação precisa ser dosado conforme a temperatura”.
Para a proprietária da JK Piscinas, Raquel W. Kohls, tudo dosado na quantidade correta não prejudica e sim protege. “Recomendamos aos nossos clientes usarem cloro granulado três vezes por semana na piscina.O ideal é que se dissolva o cloro em um balde com água e depois coloque na piscina, de preferência sempre à noite, depois do banho, pois ele então ficará ativo até o dia seguintee começará a evaporar com a presença do sol”, enfatiza Raquel, que também revela a forte temperatura como motivo na dosagem da aplicação do cloro.
“Com o forte calor que enfrentamos háalgumas semanas,é necessário reforçar o uso do cloro, clorando dia sim, dia não,justamente pelo calor estar extremo”, finaliza a proprietária.

ESTÁ NA LEI

Rolf Steinhaus

Segundo empresas, cloro traz inúmeros mitos que não são verdades

A integração cada vez mais frequente de piscinas de utilização coletiva em espaços de lazer, públicos ou privados, torna fundamental o aprofundamento no conhecimento. Tendo em consideração as disposições legais das normas nacionais em vigor, de acordo coma Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – que é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro – o residual de cloro é obrigatório, conforme norma ABNT NBR 10818/1989.
Para o fornecedor de cloro HidroAll, hoje em dia, é muito comum encontrar propagandas divulgando o tratamento de piscinas sem cloro, principalmente aquelas utilizadas por crianças e bebês, pois isso se deve aos mitos criados em função do mau uso deste componente químico. Porém, o que nem todos sabem, é que o cloro é obrigatório no tratamento das piscinas.
“Quando o tratamento é realizado de forma correta, mantendo o teor de cloro entre 1 e 3ppm (partes por milhão), é o único que realmente mantém a água protegida de bactérias e micro-organismos causadores de doenças durante as 24 horas do dia”, revela, em nota, a empresa. Ainda segundo a HidroAll, métodos que utilizam desinfecção por luz ultravioleta, íons de cobre, ozônio, entre outros, apenas desinfetam a água que passa naquele momento pelo equipamento e não criam um residual de proteção na água como o cloro faz. Portanto, caso algum agente infeccioso entre em contato com a água que está na piscina, ele não será eliminado, trazendo riscos à saúde dos banhistas.
Já para a empresa Genco, que também é fornecedora de cloro e possui 40 anos de experiência na fabricação de produtos químicos e no tratamento de água, em piscinas recomenda-se pH (potencial de hidrogênio) entre 7,2 e 7,8 para evitar problemas como corrosão de equipamentos e garantir maior eficácia dos produtos químicos, especialmente o cloro.
De acordo com a funcionária da Genco, Renata Siqueira, o cloro não só deve ser usado nas piscinas como é necessário, inclusive na água para consumo humano. “O cloro é utilizado mundialmente no tratamento de águas para consumo humano e para tratamento de águas de piscinas. Com o histórico de 100 anos, sua adoção foi uma das maiores descobertas da história. Não se tem conhecimento de qualquer país que tenha proibido o uso do cloro e se isso ocorresse seria uma loucura acreditar”, destaca. Por isso, faça o tratamento correto da água e aproveite ao máximo as piscinas, seja em casa ou nos clubes.