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Crianças vivem a troca de cartas

Alyne Motta – [email protected]

Em épocas, quando a internet nem pensava em existir, a troca de cartas entre as pessoas, era uma das poucas formas de comunicação. Amores surgiram assim como notícias tristes e alegres eram recebidas. Os tempos mudaram e ficou fácil mandar e-mail ou torpedo no celular, ficando esquecidas as cartas.
Pensando numa forma de movimentar essa comunicação tradicional, o Serviço Social do Comércio (Sesc) de Santa Cruz do Sul convidou as escolas Bruno Agnes e José Ferrugem, para realizar uma troca de cartas entre as turmas. O conteúdo das correspondências não poderia ser diferente: dicas de leitura.

Divulgação/RJ

Iniciativa da troca de cartas foi do Sesc

A ação foi uma referência ao livro mais famoso do patrono Antônio Skármeta (O carteiro e o poeta), sendo finalizada na tarde de sexta-feira, dia 17 de agosto, quando representantes da comissão organizadora do evento realizaram a troca de cartas entre as escolas.
Para a professora Graciela Pacheco, da Escola Municipal José Ferrugem, a troca gerou curiosidade e muita dedicação. “Preparamos tudo com cuidado, desde a forma de escrita até o envelope, para que, quem recebesse, tivesse a vontade de ler despertada”, comentou.

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Alunos do Bruno Agnes com as cartas recebidas

A ansiedade também estava presente nos alunos da Escola Estadual Bruno Agnes. “Toda a preparação foi pensada com muita atenção, a partir de trabalhos desenvolvidos em sala de aula. O resultado desta ação foi fantástico e desencadearam outras tantas”, explicou o professor Dionísio Beskow.
Cada criança ganhou dois novos amigos. Um da carta que escreveram e outro da que receberam. “Eles perceberam que podem criar amigos através da escrita”, avalia a professora Graciela. O aumento na retirada de livros foi outro ponto destacado. “A biblioteca não fica mais vazia”, garante o professor Dionísio.

Divulgação/RJ

Os alunos da José Ferrugem lendo as cartas

A resposta das cartas que receberam vai ocorrer após a leitura das obras indicadas. As escolas pretendem manter o projeto, deixando a escrita das próximas mais livres.