Início Geral Cuidados | Novembro Azul traz a saúde masculina para a discussão

Cuidados | Novembro Azul traz a saúde masculina para a discussão

Unidades municipais de saúde realizam atividades relacionadas ao mês alusivo

A atenção com a saúde masculina ganha mais destaque durante o 11º mês do ano. Neste período, as unidades municipais de saúde darão ênfase a atividades relacionadas ao Novembro Azul, campanha mundial de combate ao câncer de próstata.

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) Bom Jesus é a responsável pela produção do material informativo que será utilizado em todos os postos de saúde de Santa Cruz do Sul para tratar do tema. Conforme a enfermeira da unidade, Sibeli Bervanger Erthal, a ação deste ano dará maior destaque para o cuidado com a saúde sexual e reprodutiva masculina.

Ao longo de todo o mês, as unidades oferecerão orientações ao público em geral sobre o tema e realizarão testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como Hepatite B, Hepatite C, HIV e Sífilis. Os testes são realizados na própria ESF através da coleta de sangue por punção digital e os resultados saem em aproximadamente 15 minutos, com fornecimento de laudos.

O panfleto informativo aborda questões como a liberdade para desfrutar e expressar a própria sexualidade de forma saudável, sem risco de infecções sexualmente transmissíveis, gestações não planejadas e livre de imposições, violência e discriminações. O impresso também destaca que a saúde sexual valoriza a vida, as relações pessoais e a expressão da identidade própria de cada pessoa, estimulando o prazer e respeitando a autonomia dos indivíduos.

O panfleto ainda apresenta informações sobre ISTs, destacando a importância do uso do preservativo também como método contraceptivo, vasectomia e disfunções sexuais e reprodutivas masculinas.

Diagnóstico do câncer de próstata ainda esbarra em tabu
Crédito da Foto: Isadora Oliveira

Um dos principais obstáculos para o diagnóstico precoce do câncer de próstata está relacionada à tradicional negligência masculina com a própria saúde e a um dos métodos de detecção da doença. “Os homens historicamente têm maior dificuldade em buscar os serviços de saúde do que as mulheres. Geralmente, quando procuram, algum problema já está instalado. Outra dificuldade também está ligada ao preconceito: eles ainda ligam muito os exames preventivos ao exame de ‘toque da próstata’, que nos dias de hoje só é realizado em casos específicos conforme orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS),” avalia Sibeli.

A recomendação atual da OMS e do Ministério da Saúde é que o PSA (exame laboratorial de sangue que identifica um antígeno prostático específico) e o exame de toque retal sejam realizados em homens com elevado risco para o desenvolvimento de neoplasia prostática (como histórico familiar e obesidade, por exemplo) ou ainda naqueles com sintomas urinários importantes (dificuldade para urinar, redução do jato urinário, sangramento na urina). No entanto, é importante observar que esses sintomas também podem ocorrer em função de doenças benignas, como a hiperplasia prostática benigna. A confirmação do câncer é feita após a realização de biópsia, quando indicada. A escolha entre a realização do PSA ou exame de toque depende da avaliação do médico.