Diego Dettenborn – [email protected]
Um estilo de vida muito diferente do adotado pela maioria dos cidadãos. Aliando prazer, trabalho e lucratividade, Adrovan Rodrigues Júnior é destaque no cenário gaúcho dentro de uma profissão que, para muitos, não passaria de puro hobby: jogador de pôquer. Adrovan já conquistou inúmeros torneios e recentemente, através de seletiva, entrou para a equipe AkkariTeam, uma das maiores do país. Em julho o competidor estará participando do maior torneio de pôquer do Brasil, realizado em São Paulo.
No começo é preciso o mínimo: um computador regular, uma conexão estável, e claro, muita disposição para encarar horas em frente ao monitor. Os instrumentos de trabalho de um profissional do pôquer online não vão além desta estrutura básica. No entanto as buscas pelo conhecimento e horas de estudo específicas podem transformar o simples hábito frente à tela de um computador, em uma profissão.
Quando elevada aos mais altos níveis de competição, os torneios de pôquer podem lançar o jogador as disputas reais, competições, nacionais e até mesmo internacionais, sediadas quase sempre em hotéis de luxo e, por vezes, em cassinos.
O COMEÇO
Com 24 anos o venâncio-airense, que divide seu tempo entre Santa cruz do Sul e São Paulo, deu seus primeiros passos no pôquer ainda de forma virtual. “Conheço o esporte a mais de sete anos, iniciei jogando com amigos e apenas por diversão. Há cerca de um ano comecei a me dedicar, estudar, e realmente entender como tudo funciona.” Segundo ele a dedicação precisa ser intensa. “Algumas sessões levam até doze horas por dia, tendo intervalos de cinco minutos a cada hora. Assim como no trabalho temos folgas na semana sendo pra descanso ou até mesmo pra estudos.”, revela.
O jogador, que dedica ainda algumas horas diárias ao jogo virtual, deu um importante passo na carreira ainda no começo deste ano. Adrovan participou de uma seletiva nacional para poder ingressar na Akkari Team, uma das maiores e mais tradicionais equipes de pôquer do Brasil. Disputando com mais de três mil competidores, figurou entre os dez mais bem colocados.
No centro de treinamento, Adrovan se dedica a treinos físicos, análises teóricas e também trabalha a parte psicológica, tudo para potencializar o que deverá ser posto em prática durante os torneios. Para o venâncio-airense, um jogador de pôquer deve ter determinação, disciplina, foco, um bom condicionamento físico e mental.
“Acredito que para se tornar um jogador de alto nível, precisa-se de um bom controle de caixa. Gestão de bankroll (saldo, ou seja, o dinheiro que você tem destinado para jogar) é uma das maiores dificuldades para a maioria. Respeitar o limite onde você se sinta confortável é fundamental. No poker você precisa estar sempre se atualizando, melhorando suas jogadas e estudando sempre seu adversário”, admite.
Arquivo Pessoal

Adrovan pretende competir em Las Vegas no próximo ano
PROMISSOR
No mês de Março o jovem jogador conquistou o 10° lugar no “Brazilian Series of Poker” (BSOP), maior torneio de pôquer do Brasil. Mais de 480 pessoas participaram desta competição e que deverá ocorrer novamente no mês de julho deste ano. “Graças à Deus e ao apoio de minha família vem tudo dando certo, poder jogar em uma equipe tem sido ótimo, apesar da distância”, revela Adrovan, que fica um mês em São Paulo e alguns dias em casa.
O competidor ainda conta que, no início de junho, uma grande parte da equipe foi para Las Vegas disputar o maior circuito de pôquer do mundo, o “World Series of Poker” (WSOP). “Por ter um curto prazo para regularizar a documentação não pude ir, mas pretendo participar ano que vem”, conclui o jogador.














