
Em celebração aos seus 155 anos de história, o Colégio Mauá inaugurou, na quarta-feira, 27, o novo bloco dedicado ao ensino médio. A edificação, composta por três pavimentos, foi projetada com foco na integração entre aprendizado, convivência e reflexão.
Localizado no coração da propriedade, o prédio foi construído respeitando o bosque de árvores antigas que o cerca. A preservação ambiental guiou o projeto arquitetônico, que privilegia ambientes amplos, iluminados e conectados por áreas de convivência. “É um espaço pensado para aprender, conviver e refletir. Queríamos que os alunos aprendessem também nos intervalos, nos corredores e no pátio”, destacou a direção da instituição.
O novo bloco reúne laboratórios de Química, Física e Biologia, todos equipados para atividades práticas, além de um miniauditório com capacidade para 120 pessoas. Também foram incluídas salas de professores, coordenação, psicologia, reuniões, secretaria, copa, elevador e sanitários. Os espaços são articulados por eixos de circulação que facilitam o cotidiano escolar, com acabamentos que priorizam conforto e funcionalidade.
A sustentabilidade é outro pilar do projeto. O prédio conta com sistema de reaproveitamento de água da chuva para irrigação e uso nos sanitários, além de geração de energia por meio de placas fotovoltaicas. A escolha de materiais e soluções construtivas visa reduzir a necessidade de climatização artificial. “A obra foi entregue em um cronograma desafiador – um ano e oito meses – e gerou emprego e renda na cidade”, informou a coordenação administrativa.
A inauguração no ano do sesquicentenário reforça o compromisso histórico do Mauá com a educação de qualidade. Fundado por imigrantes, o colégio reafirma sua vocação comunitária e o propósito de formar cidadãos preparados para os desafios contemporâneos. “Os novos espaços espelham as demandas atuais de conhecimento, convivência e bem-estar”, reiterou a direção.
Quem assina a obra
Concepção e coordenação de projeto (parceria) – Arquiteto Romeu José Pick, Estilo Arquitetura (arquitetos Sandra Susbacher e Eduardo Barbian) e engenheiro civil Fernando Roveda. “Nosso desafio foi inserir o prédio em uma linda área verde já consolidada. Grandes árvores foram preservadas e determinaram o formato singular da edificação, com três ‘braços’ convergindo para uma grande área central de circulação”, afirma Romeu.
Projeto e obra – Projeto Arquitetura e Construções. “Para nós, foi um privilégio participar de uma estrutura moderna que não encontra igual na região. Entregamos o prédio em 18 meses, mesmo atravessando um período de calamidade”, pontua o engenheiro Astor Gruner, destacando a combinação entre desempenho, conforto e prazos.
Design de interiores e ambientação do novo bloco – 501 Arquitetura (arquitetas Leila Bremm, Jéssica Werle e Talita Hermes). A apresentação conceitual da 501 destaca que a diretriz foi uma escola humanizada, com biofilia, materiais de conforto e ambiências que remetem à ideia de lar, fortalecendo a saúde mental, a concentração e a convivência estudantil.

Sala Platão valoriza a reflexão e o acolhimento
O Colégio Mauá, em sintonia com sua proposta pedagógica voltada à formação integral, inaugurou a Sala Platão, novo espaço dedicado à meditação, leitura, rodas de conversa e aulas voltadas à reflexão profunda. Integrada ao recém-construído bloco do ensino médio, a sala representa um avanço na concepção de ambientes escolares que estimulam o recolhimento e o pensamento crítico.
Sem carteiras enfileiradas, o espaço foi projetado para favorecer dinâmicas em grupo e momentos de introspecção. O verde predominante, os nichos e painéis, e a presença simbólica da árvore – ícone da instituição – reforçam a sensação de pertencimento e conexão com a natureza. “Numa escola que valoriza o encontro, a Sala Platão inaugura também o direito ao recolhimento”, destaca a equipe pedagógica.
A proposta dialoga com os princípios arquitetônicos do novo bloco, como biofilia, ergonomia e conforto de materiais, criando uma ambiência acolhedora que contribui para o bem-estar e a aprendizagem. O diretor Nestor Raschen ressalta a importância do espaço como ferramenta formativa: “O aluno que quer se inserir no contexto de sociedade precisa participar de reflexões profundas e ter repertório para redigir, interpretar e posicionar-se”.
Além de abrigar atividades regulares, a Sala Platão será utilizada por clubes literários, grupos de teatro e projetos especiais. Assim, ela funcionará como um laboratório de escuta, argumentação e repertório – um contraponto ao ritmo acelerado do cotidiano escolar.


Novo prédio escolar alia sustentabilidade e acolhimento
A implantação de um edifício de grande porte sem comprometer a paisagem natural foi o ponto de partida do projeto arquitetônico do novo bloco do ensino médio do Colégio Mauá. A preservação das árvores existentes orientou o desenho da construção, que se desenvolve em volumes articulados por áreas de circulação e convivência — espaços onde a vida escolar se manifesta entre uma aula e outra.
O resultado é uma edificação de três pavimentos, equipada com laboratórios modernos, miniauditório e uma rede de ambientes acadêmicos e de apoio. A circulação clara e a acessibilidade integral foram prioridades desde a concepção. “Implantar sem violentar a paisagem foi o ponto de partida”, reforça a equipe técnica envolvida.
A execução da obra contou com a colaboração de diferentes equipes e escritórios especializados. Em nota, a Projeto Arquitetura e Construções destacou que o prédio reúne laboratórios com equipamentos de última geração, áreas de convívio no térreo – tanto cobertas quanto ao ar livre – e soluções sustentáveis, como o reaproveitamento de águas pluviais e a instalação de placas fotovoltaicas. Concluída em um ritmo considerado desafiador, a obra levou um ano e oito meses e gerou empregos na cidade durante sua realização.
Do ponto de vista conceitual, o projeto interior foi guiado por princípios que humanizam o ambiente escolar. A presença da natureza, a abundância de luz natural, o uso de materiais aconchegantes e a ergonomia compõem uma ambiência que remete à ideia de “estar em casa”. Esses elementos atravessam halls, corredores, salas e espaços de múltiplos usos, com o objetivo de tornar o ambiente um aliado da concentração, da saúde mental e da motivação de alunos e professores.















