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Em destaque | Tabaco integra debate do Mapa Econômico do Rio Grande do Sul 

Promovido pelo Jornal do Comércio, evento traçou um panorama das cadeias produtivas na região dos Vales  

A preocupação com o escoamento do produto até o
Porto de Rio Grande está entre os desafios do setor
Divulgação

Com o painel ‘Desafios e Oportunidades Econômicas para a Região Centro e Vales’, o Jornal do Comércio promoveu na quinta-feira, 03, a segunda edição do evento ‘Mapa Econômico do RS’, no auditório da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), em Santa Cruz do Sul (RS). Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) foi um dos debatedores convidados para o evento, junto a Flávio Haas, vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), e de Eneo Karkuchinski, CEO do Grupo Imec. A mediação foi feita por Guilherme Kolling, editor-chefe do JC.  

O presidente do SindiTabaco abriu o painel falando da importância econômica do tabaco para a região. “Em Santa Cruz do Sul, 70% da arrecadação vem do setor do tabaco. Mas ele é também importante para a região e para o Rio Grande do Sul, maior produtor e exportador do Brasil. Cerca de 90% do tabaco produzido na Região Sul do Brasil é processado em Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, saindo daqui para os portos”, comentou.

Eneo Karkuchinski, CEO do Grupo Imec, falou da importância da educação. “Cada vez mais precisamos de pessoas capacitadas. O investimento no desenvolvimento e retenção de talentos é fundamental para servir ao nosso propósito que é encantar”, refletiu.

Flávio Haas, reforçou a defesa da cadeia produtiva e fez um chamamento às lideranças. “Sabemos da importância do tabaco para o produtor, sabemos da competência de quem dirige esse setor. Desejamos que a indústria do tabaco se perenize aqui, mas é preciso investir também na diversificação da nossa economia. Precisamos buscar sinergia com outros setores do agronegócio, junto à indústria da transformação”, avalia. 
 
Expectativas

Entre os desafios para o setor, Schünke listou preocupação com o escoamento do produto até o porto devido às más condições da BR-471. “Cerca de 20 mil containers saem da região em direção ao Porto de Rio Grande e as condições da rodovia fazem toda a diferença. Assim também temos muita expectativa quanto à duplicação da RS-287, o que vai facilitar muito o trânsito entre Santa Cruz do Sul e a capital Porto Alegre”, comentou. Ele também falou sobre outras preocupações do setor como a escassez de mão de obra na época da safra, a necessidade da regulação dos novos produtos pela Anvisa, os prejuízos do mercado ilegal, a reforma tributária e as restrições da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT).  

Potencialidades

De acordo com o JC, o ‘Mapa Econômico do RS’ tem o intuito de debater as potencialidades das regiões Alto Jacuí, Centro, Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari, bem como o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. A iniciativa, que integra as comemorações de 90 anos do jornal, dividiu o Estado em cinco grandes áreas. A primeira edição aconteceu em Pelotas, em 23 de junho.

INDICADORES

Quase 50% do tabaco produzido no RS está nas regiões dos Vales e Centro 
Dos 192 municípios produtores de tabaco no Rio Grande do Sul, 42 estão na Região dos Vales e muitos deles se destacam no ranking de maiores produtores 
150 mil toneladas produzidas, em média, nos últimos anos na região dos Vales, o que representa a metade do total produzido no RS e 25% de toda a Região Sul do Brasil 
33 mil produtores de tabaco nos Vales, quase 145 mil pessoas envolvidas; 65 mil no Rio Grande do Sul e um total de 290 mil pessoas envolvidas 
R$ 2,5 bilhões de receita aos produtores dos Vales; R$ 5 bilhões no RS 
25 mil empregos gerados pela indústria no Estado 
Divisas de 2 bilhões de dólares, em média, nos últimos anos, sendo que 80%, em média, é exportado pelo Porto de Rio Grande