Alyne Motta
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Na noite de ontem, 15 de novembro, Santa Cruz do Sul teve um grupo se apresentando na modalidade danças tradicionais – Força A. O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Lanceiros de Santa Cruz, da 5ª Região Tradicionalista (RT), trouxe para o tablado do Encontro de Arte e Tradição Gaúcha (Enart) a lança como temática.
Ricardo Wendland
Entrada representou a relevância histórica da lança
Considerado um dos instrumentos mais antigos e simbólicos da humanidade, o Lanceiros apresentou a lança, que já serviu tanto como ferramenta para a sobrevivência do antigo caçador pré-histórico, quanto como armamento para os mais consagrados exércitos do mundo.
Ricardo Wendland
Chote de duas damas foi a dança de dispositivo
A coreografia de entrada representou a relevância histórica e metafórica da lança na construção do Rio Grande do Sul. O grupo abordou a sua utilidade como artefato fundamental para a sobrevivência do nativo gaúcho, pois foi com a lança que os primeiros ocupantes do pampa adquiriam seu alimento.
Ricardo Wendland
Sarrabalho, de fila, foi a segunda dança apresentada
Já na coreografia de saída a entidade trouxe a lança como instrumento presenteado pelos deuses para que a humanidade lute pela sua soberania e pelas suas convicções. Os gaúchos a utilizaram no maior conflito da história do estado: a Revolução Farroupilha.
Ricardo Wendland
A dança de roda sorteada foi a roseira
As canções “A ferro e fogo” e “Lanceiro ontem, hoje e sempre”, entrada e retirada, respectivamente, são de autoria de Antoni Pereira, escritas especialmente para o grupo, com coreografia de Robson Cavalheiro. As danças tradicionais sorteadas foram chote de duas damas, sarrabalho e roseira.
Ricardo Wendland
A saída retratou a lança como um presente dos deuses
O Enart começou na noite de ontem, 15 de novembro, e segue até amanhã, 17. São 40 grupos que disputam 20 vagas para a finalíssima na Força A, uma das mais competitivas.