
Fabrício Goulart
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Santa Cruz do Sul ostenta a sétima posição entre os municípios gaúchos com os maiores percentuais de pessoas, com 25 anos ou mais, que possuem ensino superior completo. A estimativa é de que 23,9% dos 133.230 habitantes possuam formação de nível superior. As informações fazem parte do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estão entre os dados do terceiro volume da série Cadernos RS no Censo 2022, divulgado na última semana pelo Governo do Estado.
Apesar do bom desempenho de Santa Cruz, o material divulgado mostra disparidades no Vale do Rio Pardo. Os vizinhos Sinimbu, com 8.578 moradores, e Vale do Sol, com 9.897, não apresentam boa colocação e figuram entre os que possuem os mais baixos índices, ambos com 4,8% da população tendo ensino superior.
Os motivos para as diferenças na região parecem ser complexos e o reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Rafael Henn, não possui uma resposta para as oposições. Contudo, acredita que a presença da universidade ajude com o bom desempenho do município no cenário estadual. “Santa Cruz tem a Unisc e isso auxilia muito. Os alunos não precisam se deslocar a outras cidades para estudar no ensino superior”, observa.
Falta de instrução
Outro dado que chama a atenção é o da falta de instrução, uma oposição à formação superior. O Vale do Rio Pardo está entre as regiões com os maiores percentuais de pessoas com 25 anos ou mais sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Conforme os dados, 68,4% da população de Vale do Sol possui baixa escolaridade. O município ocupa a quinta posição.
O reitor Rafael Henn ainda não se deteve aos dados do caderno, mas de antemão sinaliza que o número de pessoas sem instrução preocupa. “A educação está na base do desenvolvimento social e econômico de qualquer região. Hoje, conversando com empresários, percebe-se que há falta de mão de obra qualificada em várias áreas.”
Frequência escolar
A região também aparece nas informações sobre a frequência escolar dos estudantes. Vera Cruz está em décimo lugar entre os piores desempenhos, com 69,50% de frequência entre estudantes de 15 a 17 anos. O Riovale Jornal entrou em contato com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação para comentar o dado pela ótica do ensino público, mas até o fechamento da edição não obteve respostas.














