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Escola Rosário programa mais um protesto

SuilanConrado
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Na ultima quarta-feira, 7 de agosto, várias Escolas Estaduais de Santa Cruz do Sul reduziram os períodos de aula para dar suporte ao magistério. No entanto, na Escola Nossa Senhora do Rosário, professores e alunos reivindicaram de forma diferente. Para demonstrar seu apoio à categoria, eles fizeram cartazes e permaneceram na instituição.
Conforme a professora da educação de surdos e suplente do Conselho do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato)Carla Scheibe, o engajamento dos estudantes  no movimento foi surpreendente. “Eles demonstraramque estão comprometidos na luta por uma educação de qualidade, que estão conscientes do seu papel na sociedade. Exerceram a cidadania e nós, como educadores, ficamos muito orgulhosos”, analisou.

Rolf Steinhaus


Escola Rosário: ao invés de irem para casa, alunos e professores ficaram na escola para protestar

Com 66 alunos surdosdivididos em classes especiais, a Escola pretende continuar na briga por melhores condições de estrutura e trabalho, promovendo mais uma manifestação para reivindicar a implementação da educação bilíngue, ou seja, com professores que possam ensinar por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Atualmente, cinco intérpretesse revezam para atender aos alunos. “Estamos no caminho, mas para se tornar de fato uma escola bilíngue, todos os professores deveriam ser capazes de se comunicar através da Libras”, esclareceu Carla.
Outra preocupação dos educadores é quanto à proposta de inclusão do governo. Para Carla, misturar em uma mesma classe alunos ouvintes com alunos surdos, seria inviável. “Os alunos especiais necessitam uma atenção diferenciada; fazer a interpretação de tudo o que esta sendo dito em uma sala pelo professor e pelos colegas aos surdos, atrapalharia a didática de ensino e prejudicaria a todos os estudantes”, assegurou.A mobilização deve acontecer no próximo dia 15, ainda sem local definido.

Principais demandas

A Escola Rosário possui 550 alunos matriculados atualmente. E como a maioria das escolas da rede estadual, sofre com a falta de investimento do Estado.  As suas principais demandas são:

– necessidade uma nova rede elétrica;
– quadra coberta;
– falta de material audiovisual para o trabalho pedagógico com os alunos surdos;
– manutenção do laboratório de informática.

Contudo, de acordo com a professora Carla, a comunidade contribui muito para a manutenção da escola. “Se temos aparelho de ar-condicionado instalado em algumas salas de aula hoje, foigraças a ajudados pais dos alunos e comunidade em geral, que sempre nos auxilia”, registrou.

 

Rolf Steinhaus

Estudantes se engajaram na luta por uma educação de qualidade

Cpers

A diretoria do 18° Núcleo do Cpers/Sindicato, sediado em Santa Cruz, informou queprograma para o dia 13 de agosto, às 10h30, um ato público na Praça SiegfriedHeuser.
Pais, alunos, funcionários e comunidade em geralestão convidados a participar. Na pauta do protesto estão as antigas reivindicações pelo cumprimento da Lei do Piso Nacional e Plano de Carreira, a valorização do professor e uma escola pública de qualidade.
 
Agenda
13/08
Manifestações públicas da comunidade escolar, organizadas pelos Núcleos do Sindicato.
 
16/08
Reunião do Conselho Geral do Cpers/Sindicato
Organização: Cpers/Sindicato
Local: Auditório do Sindicato, em Porto Alegre
Horário: 8h30
 
20/08
Assembleia Regional
Na sede do Cpers/Sindicato em Santa Cruz do Sul

23/08
Assembleia Geral
Organização: CPERS/Sindicato
Local: Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre
Horário: 13h30min