Suilan Conrado
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Uma grande mobilização realizada na manhã de quarta-feira, 24, pelos professores estaduais de Santa Cruz do Sul, com a participação de pais e alunos, marcou a paralisação da categoria, em greve desde a terça-feira, 23. A partir desta sexta-feira, 26, as escolas retomam as atividades normalmente.
A Praça Getúlio Vargas serviu de palco para o ato público, seguido de passeata até a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) do município.
Rolf Steinhaus
Professores, pais e alunos, realizam passeata na manhã desta quarta-feira, 24, em Santa Cruz: escolas reabrem as portas na sexta, 26
Organizado pelo 18º Núcleo do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), a manifestação integra a agenda de atividades da categoria, que nesta quinta-feira, 25, promove a partir das 14h, uma concentração no ginásio de esportes da escola Estado de Goiás, para avaliar o impacto da greve e definir futuras mobilizações.
Dentre as principais reivindicações dos profissionais estão o pagamento do piso nacional, atualmente fixado em R$ 1.567.00, e melhor infraestrutura das salas de aula.
Quanto às escolas totalmente paralisadas, incluem-se: Colégio Professor Luiz Dourado, Escola Estadual Willy Carlos Frohlich (Polivalente), Estado de Goiás, Gaspar Bartholomay, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, José Mânica, Felipe Jacobus e Nossa Senhora da Boa Esperança.
Embora as escolas Santa Cruz, Alfredo Kliemann, José Wilke e Petituba, tenham tido aula normal na terça-feira, todas elas optaram por paralisar na quarta.
Rolf Steinhaus
Manifestantes seguiram da Getúlio Vargas até a 6ª CRE
A conselheira regional do 18º Núcleo, Doriana Damé, avalia que a greve é a maior dos últimos anos em Santa Cruz e região, e afirma que cidades como Encruzilhada do Sul, Rio Pardo, Pântano Grande e Candelária aderiram fortemente às mobilizações.
Conforme Doriana, há um descontentamento geral nas escolas com a forma como o governo do Estado vem tratando a categoria, “sem diálogo e impondo medidas por meio de decretos”. Ainda segundo a conselheira, não existe nenhuma medida com vistas à implantação da lei do Piso Nacional de salários.
Atualmente os professores que recebem menos do que o piso, ganham um complemento sobre o qual não incide nenhuma vantagem funcional.
A estimativa do 18º Núcleo do Cpers, é de que 95% das escolas em Santa Cruz tenham aderido à paralisação. Segundo informações da 6ª CRE, pelo montante de escolas paralisadas nesta quarta em Santa Cruz, cerca de 3 mil alunos não tiveram aula.
