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Espiritualidade: acreditar ou não?

Uma das questões essenciais da humanidade é a seguinte: antropocentrismo ou teocentrismo? O que significam essas duas palavras? O antropocentrismo coloca “o ser humano no centro”. Já o teocentrismo põe “Deus no centro”. Acreditar ou não em Deus? Por exemplo, se formos verificar a filosofia dos alemães Marx e Nietzsche, ambos do século 19, veremos claramente um sentido antropocêntrico.
Marx apresentou o que ficou conhecido como “materialismo histórico”. O materialismo se opõe à espiritualidade, se fizermos um raciocínio básico. Marx entendia que a classe operária deveria ter acesso aos bens materiais que lhe permitiriam uma vida melhor. Onde a palavra “histórico” se insere nessa filosofia? Segundo Marx, a humanidade sempre viveu sob diferenças sociais, e elas deveriam ser corrigidas.
O outro filósofo que citamos, Nietzsche, não acreditava em Deus, e expunha essa ideia de forma contundente. Nietzsche defendia a imposição do ser humano sobre o outro. Acreditava na força, na potência, no prazer, e entendia a religiosidade como uma fraqueza.
Tanto Marx quanto Nietzsche podem ser rebatidos, ou melhor, complementados por filosofias opostas, voltadas à espiritualidade. No século 20, o estadunidense Terence McKenna foi uma figura polêmica ao defender a utilização de substâncias para atingir um novo estado de consciência. A utilização dessas substâncias é muito discutível e criticável, por questões de saúde. Porém, na filosofia de McKenna, é positivo perceber que a vida possui mistérios a serem desvendados, do ponto de vista espiritual e metafísico. Deus, de fato, é um mistério, e nesse sentido precisamos respeitar os fenômenos mediúnicos, que trazem respostas às pessoas. Por isso, a religião não pode ser subestimada.